Wemade lança aliança global para criar ecossistema de stablecoins lastreadas em won sul-coreano
Após anos de crises, empresa aposta em infraestrutura regulada e parceria com gigantes como Chainalysis, CertiK e SentBe para reconstruir credibilidade
A gigante de blockchain gaming Wemade anunciou nesta quinta-feira (28) a criação da Global Alliance for KRW Stablecoins (GAKS) — uma aliança internacional dedicada ao desenvolvimento de stablecoins lastreadas no won sul-coreano (KRW). O movimento marca uma guinada estratégica da empresa, que tenta reposicionar sua imagem após anos de turbulências, hacks e múltiplas deslistagens de seu token.
A aliança reúne Chainalysis, CertiK e SentBe como parceiras fundadoras. O objetivo é construir a StableNet, uma mainnet dedicada exclusivamente a stablecoins reguladas em KRW, com código público e arquitetura voltada a atender padrões institucionais.
Chainalysis ficará responsável por detecção de ameaças e monitoramento em tempo real;
CertiK assumirá validação de nós e auditorias de segurança;
SentBe fornecerá infraestrutura de remessas licenciada em 174 países, garantindo interoperabilidade dentro do ecossistema regulado da Coreia do Sul.
🧩 Wemade tenta reconstruir reputação após 7 anos de escândalos
Fundada como uma tradicional desenvolvedora de games, a Wemade entrou no mundo cripto em 2018, expandindo sua área blockchain de apenas 4 pessoas para mais de 200 funcionários.
Porém, sua ambição encontrou um ambiente regulatório hostil e uma série de erros internos.
Principais crises da Wemade:
2022: exchanges sul-coreanas deslistam o token WEMIX após inconsistências entre oferta declarada e oferta real → token despenca 70%.
2024: exploit em sua bridge causa prejuízo de 9 bilhões de won (~US$ 6 milhões).
Divulgação tardia gera nova onda de deslistagens e forte perda de confiança.
Diante da pressão, a empresa teve que recuar do modelo “play-to-earn” no mercado doméstico e focar suas operações no exterior.
O pivot para infraestrutura de stablecoins representa uma tentativa de “reset reputacional”, segundo a imprensa local.
🏦 Pós-Terra: Coreia do Sul endurece regras para stablecoins
A iniciativa da Wemade nasce em um dos ambientes regulatórios mais rígidos do mundo para stablecoins — consequência direta do colapso da Terra (UST) em 2022, que abalou profundamente o sistema financeiro sul-coreano.
Desde então:
O FSC e o Banco da Coreia (BOK) defendem regras duríssimas de liquidez, transparência e contenção de riscos.
O BOK insiste que apenas bancos devem liderar emissões de stablecoins, para proteger estabilidade cambial e financeira.
Projetos privados como a Wemade enfrentam forte escrutínio, mas podem operar se se posicionarem como infraestrutura, não como emissores — estratégia que a empresa está adotando.
🧭 Aposta na conformidade como diferencial competitivo
Segundo o Korea Times, a Wemade afirma que não será a emissora da stablecoin, e sim uma parceira tecnológica para bancos, fintechs e empresas coreanas interessadas em lançar suas próprias moedas digitais lastreadas no won.
Esse modelo busca atender ao clima regulatório rigoroso do país enquanto tenta reconquistar a confiança do mercado.
Fonte: Yonhap News, Korea Times, Wemade, FSC (Financial Services Commission), Banco da Coreia.
🎓 Quer entender como proteger seu patrimônio e usar o Bitcoin de forma soberana?
Aproveite a Black Friday do curso Soberania Cripto, criado por André Costa, e aprenda tudo sobre blockchain, autocustódia, dolarização e liberdade financeira. 💰
Somente neste mês, por R$ 99. 👉 Acesse oandrecosta.com.br e garanta sua vaga antes que acabe.
📚 Quer entender como proteger seu patrimônio e aproveitar as oportunidades em tempos de incerteza?
👉 Participe da aula especial sobre o Paraguai, no dia 27 de novembro:
🔗 www.oandrecosta.com.br/paraguai



