Vazamento no Banco Neon expõe 30 milhões de clientes: até quando a irresponsabilidade vai continuar?
A cada novo escândalo de vazamento de dados, fica mais claro: as instituições financeiras não estão preocupadas com a segurança dos seus clientes. Desta vez, foi o Banco Neon que permitiu que os dados de 30,8 milhões de pessoasfossem expostos em um fórum de hackers. Nome, CPF, telefone, saldo bancário e até imagens de documentos pessoais estão circulando livremente na internet. Mas, como sempre, a resposta oficial é a mesma: “estamos investigando”.
O descaso das instituições e a impunidade
Não é a primeira vez que um banco digital falha na proteção dos seus clientes, e o Banco Neon já tem um histórico duvidoso. Em 2018, uma falha no aplicativo permitia que criminosos invadissem contas e roubassem dinheiro. Agora, os dados de milhões de brasileiros estão à mercê de golpistas, e a pergunta que fica é: onde está a fiscalização? Onde estão as punições?
No Brasil, as leis de proteção de dados existem apenas no papel. A LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) prevê multas para esse tipo de falha, mas quantos bancos já foram realmente punidos? O Banco Central e a ANPD (Autoridade Nacional de Proteção de Dados) precisam deixar de ser apenas órgãos burocráticos e começar a agir.
Risco real para os clientes
Enquanto as instituições se esquivam da responsabilidade, são os clientes que pagam a conta. Com informações como CPF, telefone e saldo bancário expostos, os golpes se tornam ainda mais sofisticados. Ligações falsas, clonagem de WhatsApp, falsificação de documentos – tudo isso se torna mais fácil quando os criminosos têm acesso a esses dados.
O Banco Neon afirma que os dados vazados não permitem movimentações financeiras. Mas isso é só uma parte do problema. Se um criminoso consegue acessar informações pessoais detalhadas, ele pode fazer compras em seu nome, abrir contas fraudulentas e até aplicar golpes contra seus contatos.
O que fazer para se proteger?
Diante da negligência das instituições financeiras, o cidadão comum precisa tomar as próprias medidas de segurança. Algumas ações essenciais incluem:
✅ Desconfiar de ligações e mensagens suspeitas – principalmente se pedirem códigos de confirmação.
✅ Ativar a autenticação em duas etapas em bancos, redes sociais e aplicativos de mensagens.
✅ Monitorar seus dados no Registrato, sistema gratuito do Banco Central, para identificar movimentações estranhas.
✅ Usar um e-mail e número de telefone exclusivos para bancos, reduzindo as chances de golpes.
Conclusão: até quando?
O vazamento no Banco Neon é só mais um exemplo do descaso das instituições com a privacidade dos clientes. Se nada mudar, a próxima vítima pode ser você. O problema não é a tecnologia, mas sim a irresponsabilidade e impunidade. Até quando vamos aceitar que bancos tratem nossos dados com tamanho descaso?



