Telefonema entre Lula e Trump expõe bastidores tensos e escalada diplomática com os EUA
Em conversa de 30 minutos, Lula pede fim de sanções e tarifas, mas Trump designa Marco Rubio, linha-dura antiesquerda, como negociador. Risco de retaliações cresce e uso de criptoativos pode ganhar pa
Brasília / Washington, 6 de outubro de 2025 — O que parecia ser apenas mais um diálogo protocolar entre chefes de Estado pode marcar um ponto de virada tensa nas relações entre Brasil e Estados Unidos. Após um telefonema de aproximadamente 30 minutos entre Lula e Donald Trump, ambos os governos divulgaram notas à imprensa com versões complementares — mas um detalhe passou despercebido pela maioria da mídia: o nome de Marco Rubio.
A conversa, articulada desde a reunião dos dois presidentes durante a Assembleia Geral da ONU, teria sido solicitada pelo próprio Trump, mas acabou ocorrendo por telefone, contrariando a preferência do americano por um encontro presencial. Durante a ligação, segundo o Palácio do Planalto, Lula fez dois pedidos centrais:
Retirada da tarifa de 40% sobre produtos brasileiros, que coloca o Brasil entre os países mais taxados no comércio com os EUA.
Suspensão das sanções impostas a autoridades brasileiras, uma menção indireta, mas clara, à aplicação da Lei Magnitsky contra o ministro Alexandre de Moraes.
Trump respondeu positivamente, elogiou o diálogo e afirmou que Brasil e Estados Unidos têm “um grande futuro juntos”. No entanto, o gesto amistoso veio acompanhado de um movimento estratégico: designou o secretário de Estado, Marco Rubio, para liderar as negociações com o Brasil — incluindo conversas diretas com Geraldo Alckmin (vice-presidente), Fernando Haddad (ministro da Fazenda) e Mauro Vieira (Relações Exteriores).
⚠️ Quem é Marco Rubio — e por que isso preocupa
A escolha de Rubio acendeu o alerta vermelho entre diplomatas brasileiros. O senador da Flórida, agora secretário de Estado, é um conservador linha-dura, conhecido por seu histórico de defesa ferrenha contra governos de esquerda na América Latina — especialmente Cuba, Venezuela, Nicarágua e, mais recentemente, o Brasil.
Foi Rubio quem liderou as sanções contra Alexandre de Moraes no início de 2025, alegando abuso de poder, censura e perseguição a opositores. Moraes passou a figurar na lista de sanções da Lei Magnitsky, que prevê congelamento de ativos e proibição de entrada nos EUA para indivíduos acusados de violar direitos humanos.
Além disso, Rubio já pressionou empresas americanas a retirarem investimentos do Brasil, após a condenação de Jair Bolsonaro pelo STF. Na ocasião, disse que o Brasil estava “rumando para um regime autoritário” e que “as democracias não deveriam financiar censores”.
Ou seja, o novo encarregado por Trump para lidar com o Brasil é justamente aquele que acreditava que o país deveria ser punido economicamente.
💰 Economia, tarifas e criptomoedas no radar
Do lado comercial, o Brasil enfrenta uma sobretaxa média de 40 a 50% sobre alguns de seus produtos exportados aos Estados Unidos — especialmente no agronegócio, aço e derivados de minério. Haddad e Alckmin lideram agora uma força-tarefa para reverter essas tarifas e evitar retaliações adicionais.
A tensão, no entanto, pode gerar um efeito colateral estratégico: o crescimento do uso de criptoativos como alternativa às vias comerciais tradicionais. Em um cenário de sanções e bloqueios bancários, moedas como USDT, USDC, BRZ e o próprio Bitcoin ganham espaço como rotas paralelas — especialmente para empresas que já operam em múltiplas jurisdições.
Fontes do Ministério da Fazenda, ouvidas reservadamente, admitem que está em estudo uma proposta para facilitar o uso de stablecoins em acordos bilaterais com países da Ásia e América Latina, como forma de reduzir a exposição ao dólar e ao sistema Swift.
🧨 Good cop, bad cop?
Analistas avaliam a movimentação como parte de uma estratégia clássica de negociação conhecida como “good cop, bad cop”. Trump assume a postura amistosa e de abertura ao diálogo, enquanto Rubio faz pressão e exige contrapartidas.
Esse jogo de forças pode ter como objetivo:
Forçar o Brasil a abandonar medidas protecionistas;
Diminuir a influência de ministros e agentes públicos vistos como hostis aos EUA;
Redirecionar fluxos comerciais para empresas aliadas ao governo americano.
Mas o tiro pode sair pela culatra: a percepção de interferência externa e sanções unilaterais pode alimentar o sentimento de soberania nacional e impulsionar ainda mais o uso de criptomoedas como símbolo de liberdade econômica.
📣 Conclusão
Com a diplomacia à flor da pele e a economia no centro das disputas, o Brasil se vê diante de um cenário instável e altamente sensível. A condução das próximas rodadas de negociação — com Marco Rubio à frente — será determinante não apenas para o comércio exterior, mas para o ambiente institucional interno.
O uso estratégico de criptoativos pode deixar de ser apenas uma alternativa para se tornar uma necessidade real de proteção e autonomia em tempos de incerteza.
📣 Quer se proteger em tempos de instabilidade diplomática e financeira?
Aprenda como usar o Bitcoin de forma soberana, fora do alcance de bancos e governos, no curso completo Soberania Cripto.
👉 Acesse agora: www.oandrecosta.com.br



