Strive lança programa de venda de ações de US$ 500 milhões para ampliar compras de Bitcoin
Empresa fundada por Vivek Ramaswamy reforça estratégia de tesouraria em BTC e se consolida entre as maiores detentoras corporativas do ativo
A Strive, gestora de ativos listada em bolsa e conhecida por sua forte estratégia de tesouraria em Bitcoin, anunciou nesta terça-feira um programa de venda de ações no valor de US$ 500 milhões. Os recursos serão direcionados principalmente para novas compras de BTC, além de outras iniciativas corporativas.
O programa, revelado em documento enviado ao mercado, afirma que os fundos servirão para “propósitos corporativos gerais, incluindo, entre outros, a aquisição de Bitcoin e produtos relacionados a Bitcoin, além de capital de giro”.
A empresa também pretende adquirir “ativos geradores de renda”, embora não tenha detalhado quais setores ou formatos pretende explorar.
A estratégia reforça a tendência de companhias listadas que utilizam o mercado de capitais para acumular BTC — caminho já traçado por Michael Saylor e a MicroStrategy, que transformaram a abordagem de tesouraria corporativa em plena Era do Bitcoin.
Strive já é a 14ª maior detentora corporativa de Bitcoin
No momento, a Strive detém 7.525 BTC, avaliados em aproximadamente US$ 694 milhões, o que a coloca como a 14ª maior empresa do mundo em posse corporativa de Bitcoin.
A guinada da companhia para essa estratégia ocorreu após uma fusão reversa pública em maio, quando anunciou oficialmente seu reposicionamento como um “Bitcoin treasury company”.
Em setembro, a Strive firmou um acordo para adquirir a Semler Scientific, outra empresa que transformou seu balanço para priorizar Bitcoin — movimento que consolidou ambas como forças emergentes no setor corporativo pró-BTC.
Desde o lançamento de seu primeiro ETF em agosto de 2022, a Strive cresceu rapidamente e hoje administra mais de US$ 2 bilhões em ativos.
Ações sobem após anúncio
As ações da Strive (ASST) subiram 3,6% nesta terça-feira, fechando o dia a US$ 1,02, segundo dados do Google Finance. O papel mais que dobrou de valor no acumulado do ano, refletindo o otimismo dos investidores com a estratégia agressiva voltada ao Bitcoin.
Empresa pressiona MSCI por inclusão de companhias que mantêm Bitcoin
O movimento ocorre dias após o CEO da Strive, Matt Cole, pedir formalmente ao MSCI — um dos principais criadores de índices globais — que não exclua empresas que possuem Bitcoin em seus balanços.
O MSCI está consultando o mercado sobre a possibilidade de remover empresas classificadas como Digital Asset Treasury Companies (DATs), ou seja, companhias com mais de 50% do balanço em criptoativos.
Cole argumentou que o mercado deve decidir livremente se quer ou não exposição a empresas com BTC em tesouraria — e que excluir as DATs seria uma distorção artificial da concorrência.
Fonte: Strive, Google Finance, MSCI
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