Receita Federal dobra apreensões e mira criptomoedas em nova ofensiva
Órgão amplia fiscalização em portos e fronteiras, enquanto promete endurecer regras sobre ativos digitais
A Receita Federal do Brasil (RFB) anunciou nesta segunda-feira (3) o fechamento da Operação Fronteira 2025, que apreendeu R$ 160 milhões em mercadorias irregulares — mais que o dobro da edição anterior. Mas o que mais chamou atenção foi a nova frente de investigações envolvendo criptomoedas, revelada pelo secretário especial Robinson Sakiyama Barreirinhas.
Durante a coletiva, Barreirinhas afirmou que as criptomoedas estão no centro das ações da Receita, sugerindo um endurecimento nas políticas de rastreamento e fiscalização de transações digitais.
“Estamos trabalhando firme na regulamentação do uso de criptomoedas e na criação de uma delegacia para o combate a fraudes estruturadas”, declarou.
A fala acendeu o alerta no setor cripto, que vê com preocupação o avanço de uma abordagem regulatória punitiva, especialmente em um momento em que o mercado busca amadurecimento e legitimidade no país.
Cripto como foco de controle estatal
Segundo Barreirinhas, o objetivo do governo é atacar o “pilar financeiro” do crime organizado — um discurso que, na prática, pode ampliar o monitoramento estatal sobre transações descentralizadas.
A Receita vem se apoiando em operações como a Carbono Oculto, que usou ferramentas de análise blockchain para rastrear fluxos de dinheiro digital. Críticos alertam que o movimento pode abrir precedentes para violação de privacidade e limitação da soberania individual — princípios fundamentais da filosofia cripto.
Expansão da vigilância fiscal
A edição 2025 da operação ampliou a fiscalização para portos, aeroportos e recintos alfandegados, além das fronteiras terrestres.
Segundo o subsecretário Fabiano Coelho, o aumento da área monitorada foi essencial para o recorde de apreensões.
“Conseguimos resultados expressivos sem disparar um único tiro”, afirmou.
Apesar do discurso de eficiência, especialistas alertam que a expansão da vigilância financeira e o avanço sobre o ecossistema cripto podem resultar em restrições de uso legítimo de ativos digitais por investidores e empreendedores brasileiros.
Fonte: Receita Federal / Livecoins
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