Queda no hashrate do Bitcoin pode antecipar nova fase de alta, aponta VanEck
Analistas dizem que capitulação de mineradores é historicamente um sinal contrarian positivo para o preço do BTC
A recente queda de 4% no hashrate do Bitcoin pode indicar um cenário favorável para a criptomoeda nos próximos meses, segundo análise da gestora VanEck. De acordo com os analistas Matt Sigel e Patrick Bush, períodos prolongados de compressão do hashrate costumam anteceder retornos positivos mais frequentes e mais intensos no preço do BTC.
Dados históricos citados no relatório mostram que, desde 2014, quando o hashrate da rede recua ao longo de 30 dias, o Bitcoin registra retornos positivos em 65% das vezes nos 90 dias seguintes. Em horizontes mais longos, o padrão se intensifica: quedas no hashrate foram seguidas por ganhos em 77% dos casos em 180 dias, com retorno médio de 72%, superando cenários em que o poder computacional da rede estava em alta.
O movimento recente reflete a crescente pressão sobre os mineradores. O custo de equilíbrio de mineração caiu fortemente, tornando a operação inviável para empresas menos eficientes. Segundo a VanEck, o preço de equilíbrio da eletricidade para mineradores utilizando equipamentos Bitmain S19 XP despencou cerca de 36% em um ano, evidenciando o aperto financeiro no setor.
A retração do hashrate também está associada ao desligamento de aproximadamente 1,3 gigawatts de capacidade de mineração na China, além da migração de infraestrutura energética para atender à crescente demanda por aplicações de inteligência artificial — tendência que pode retirar até 10% do hashrate global da rede Bitcoin.
Apesar do cenário desafiador, analistas apontam que a capitulação de mineradores tende a “limpar” o mercado, fortalecendo a rede e abrindo espaço para margens mais saudáveis quando o preço se recupera. Atualmente, o Bitcoin é negociado próximo de US$ 88.400, cerca de 30% abaixo do topo histórico, o que reforça a leitura de assimetria positiva para o médio prazo.
Além disso, o relatório destaca que até 13 países continuam apoiando ativamente a mineração de Bitcoin, incluindo Rússia, França, El Salvador, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Argentina e Japão, mostrando que a atividade segue relevante no cenário geopolítico global.
Fonte: VanEck / CoinGecko
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