🇵🇾 Paraguai pode permitir compra direta de Bitcoin com conta bancária até o fim do ano
Autoridades do setor cripto confirmam avanço em integração bancária — mas regulação ainda está em aberto
🔎 Resumo do cenário:
O Paraguai pode estar prestes a dar um passo significativo no mercado cripto latino-americano. Em entrevista à Radio 1000, Juan José Benítez Rickmann, diretor da Digital Assets S.A. e presidente da Cámara Paraguaya de Minería de Activos Digitales (Capamad), afirmou que até o final de 2025 será possível vincular uma conta bancária local para comprar frações de Bitcoin diretamente, a partir de valores muito baixos.
Hoje, a legislação paraguaia não permite a conexão direta entre contas bancárias e exchanges — o que obriga usuários a recorrerem a P2P, transferências manuais ou intermediários fora do sistema financeiro tradicional.
⚙️ Como funcionaria a integração
Segundo Benítez Rickmann, a novidade virá na forma de uma integração entre o sistema bancário e plataformas de negociação, permitindo que qualquer usuário compre Bitcoin ou outras criptomoedas diretamente com guaranis, dólares ou outras moedas a partir de uma transferência bancária comum.
O formato exato ainda não foi detalhado, mas especialistas apontam dois caminhos possíveis:
💸 On-ramp via SPI/SIPAP: integração com a infraestrutura de pagamentos do Banco Central do Paraguai (BCP), em que o cliente transfere valores diretamente a um VASP (provedor de serviços de ativos virtuais) registrado.
🏦 Produto bancário nativo: solução mais complexa, em que bancos oferecem compra e custódia cripto diretamente em seus apps — cenário que exigiria mudanças regulatórias mais profundas.
⚖️ Obstáculos regulatórios ainda existem
O avanço técnico contrasta com a situação legal: o Paraguai não possui, até hoje, uma lei específica que regule a criptomineração ou o mercado de ativos digitais.
Um projeto de lei que reconhecia a mineração como indústria foi aprovado no Congresso em 2022, mas vetado pelo então presidente da República.
Novas tentativas de regulamentação foram apresentadas, inclusive propostas de moratória temporária, mas nenhuma se tornou lei até agora.
As exchanges e prestadores de serviços seguem submetidos principalmente às normas de prevenção à lavagem de dinheiro (PLD/FT) da SEPRELAD, como a Resolução nº 314/2021.
⚡ Importância econômica da mineração
Mesmo sem um marco regulatório claro, o Paraguai é hoje um dos destinos mais atraentes do mundo para operações de mineração de Bitcoin, devido à abundância de energia hidrelétrica barata e excedente.
Estimativas oficiais apontam que a ANDE (Administración Nacional de Electricidad) pode gerar entre US$ 240 e 295 milhões em receitas em 2025 apenas com contratos ligados a mineradoras.
Empresas instaladas no país pagam tarifas entre US$ 44,34 e US$ 59,76 por MWh, dependendo do nível de tensão.
📊 O que esperar nos próximos meses
A frase “muito em breve” ainda não vem acompanhada de cronograma oficial ou detalhes técnicos. O que se sabe até agora:
✅ Há negociações em andamento entre bancos e empresas cripto.
⚠️ O Banco Central não reconhece criptomoedas como moeda de curso legal e não supervisiona exchanges.
🧩 A porta de entrada regulatória será via compliance e KYC/PLD, e não por meio de licenciamento bancário tradicional.
Se confirmada, a integração bancária colocará o Paraguai na vanguarda regional ao lado de países como El Salvador e Brasil — e pode transformar o país em um novo hub de on-ramps cripto na América do Sul.
💡 Conclusão: o anúncio de Benítez Rickmann marca o início de uma nova fase para o ecossistema cripto paraguaio. A compra de Bitcoin diretamente do banco não é apenas um avanço técnico — é um sinal de que a região pode caminhar rumo a uma infraestrutura financeira híbrida, onde moeda fiduciária e ativos digitais coexistem de forma mais fluida.
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