O DREX, o fim da propriedade privada e a volta dos súditos
Por André Costa
Há quem veja no DREX apenas um avanço tecnológico. Um salto digital. Uma modernização do sistema financeiro nacional.
Mas o DREX é muito mais do que isso. É a pedra fundamental de um regime onde o cidadão deixa de ser dono de si, de sua casa, do seu carro, do seu trabalho — e passa a depender integralmente da permissão de um Estado centralizador, tecnocrático e cada vez mais autoritário.
Enquanto nos vendem a ideia de eficiência, estão construindo o aparato do controle absoluto.
O Banco Central promete inovação, segurança, praticidade. Mas a verdade é que o DREX permitirá:
Fiscalização instantânea de cada centavo;
Programação do seu dinheiro: o que, onde, quando e como você pode gastar;
Cobrança automatizada de impostos;
Congelamento de bens e bloqueio de transações com um simples clique.
Pior: ele abre caminho para a tokenização forçada da propriedade privada. Imóveis, veículos, ações, cotas, títulos públicos — tudo poderá ser registrado dentro de um sistema digital permissionado, onde a sua posse dependerá da validação de um ente estatal.
Em bom português: sua casa pode ser sua… até o governo decidir que não é mais.
É o mesmo velho truque: dizem que é pelo seu bem. Que é para proteger contra crimes, fraudes, corrupção. A mesma justificativa usada por todas as ditaduras da história — inclusive as que começaram sob aplausos.
A raiz do problema é filosófica e histórica.
Enquanto na tradição anglo-saxã o Estado existe para reconhecer e proteger os direitos naturais dos indivíduos, no Brasil o Estado sempre foi visto como senhor — e o cidadão, um súdito.
Pagamos aluguel ao Estado para viver em nossas próprias casas (IPTU), para dirigir nossos próprios veículos (IPVA), para movimentar o fruto do nosso próprio trabalho. Agora, querem nos convencer de que precisamos do governo até para existir digitalmente.
DREX é o desfecho natural de um modelo onde o Estado é tudo — e o indivíduo, nada.
A quem interessar possa: esse sistema já começou. O PIX foi o cavalo de Troia. Agora vem a tokenização. Depois, o fim do dinheiro em espécie. E quando a janela de fuga se fechar, restará apenas obedecer — ou ser apagado com um comando de software.
Mas nem tudo está perdido.
Enquanto eles constroem o curral digital, existe uma saída: o Bitcoin. A única tecnologia verdadeiramente descentralizada, resistente à censura e inconfiscável. A única que permite preservar riqueza, liberdade e soberania individual fora do alcance do Leviatã moderno.
A escolha é simples: ou você se prepara agora, ou será apenas mais um CPF conectado à blockchain do governo.
A história julgará.



