O Brasil Sob Vigilância
O Brasil virou assunto em Washington.
Não foi pelo futebol, não foi pela música, nem pela Amazônia — foi pela liberdade digital.
Um grupo de 81 gigantes americanos — Amazon, Apple, Google, Microsoft, Meta, Intel, Visa — bateu à porta do governo dos Estados Unidos com um dossiê na mão. O alvo? O Brasil. Ou melhor, o que restou de liberdade no Brasil.
Eles acusam o nosso país de adotar políticas digitais abusivas. E não é exagero. O Supremo Tribunal Federal decidiu que plataformas podem ser responsabilizadas por conteúdos de terceiros mesmo sem ordem judicial. É o fim do artigo 19 do Marco Civil da Internet, é o início da censura privada em massa.
Não se trata apenas de fake news. Estamos falando de memes, opiniões, matérias jornalísticas. Tudo sob ameaça de remoção, na base do “tira isso do ar, senão você paga a conta”.
A Anatel, por sua vez, resolveu que marketplaces como Amazon respondem por anúncios de terceiros. E no Congresso, já corre um projeto para engessar a Inteligência Artificial com regras inviáveis, travando a inovação antes mesmo dela florescer.
O resultado? Insegurança jurídica, investimentos fugindo e liberdade asfixiada.
As big techs, que nunca foram santas, agora pedem que Washington “permaneça vigilante” diante do Brasil. Repare na ironia: corporações que lucram com nossos dados e nos vigiam todos os dias estão acusando o governo brasileiro de ser hostil à liberdade digital.
E, pasmem, nesse jogo de poder, quem perde é sempre o mesmo: o cidadão comum. Você, eu, todos nós.
Perdemos nossa voz, nossa privacidade, nossa autonomia.
O governo Lula transformou o Brasil num laboratório de controle. O STF escreve as regras, a Anatel as multiplica, e o Congresso aplaude. Enquanto isso, as empresas correm para Washington pedir socorro.
E eu pergunto:
Se até as gigantes têm medo do Brasil, o que resta para nós, meros mortais digitais?
Talvez reste aquilo que eles nunca conseguiram controlar: o Bitcoin.
Porque enquanto leis mudam, enquanto juízes reescrevem a Constituição, enquanto governantes tentam nos domesticar, o bloco continua sendo minerado, imutável, fora do alcance de qualquer toga ou decreto.
No fim, meus amigos, a lição é simples:
Ou você entende a soberania digital agora, ou amanhã não terá mais liberdade nenhuma para entender coisa alguma.



