O Brasil sob Cerco: A Esquerda, Moraes e os Aliados da Autocracia Global
Entre alianças com ditaduras e perseguições internas, a elite do poder avança contra a liberdade em nome de uma nova ordem política.
Se Lula resolver defender Moraes, terá que vestir o figurino de defensor do PSDB, repetindo o arranjo de ocasião que uniu a esquerda à velha guarda tucana para derrubar Bolsonaro. Essa análise, feita por Allan dos Santos, não é um devaneio conspiratório: é o retrato do teatro político brasileiro, onde os papéis se invertem e o script já não respeita ideologia, apenas conveniência.
Alexandre de Moraes, por sua vez, não parece disposto a ser descartado. A figura de Temer surge como o maestro silencioso dessa orquestra, aquele que “balança o psicopata” – expressão dura usada para indicar que, por trás dos bastidores, ele calcula o próximo movimento.
A tese central é clara: o PT se encantou com o poder de perseguição que Temer e Moraes inauguraram. Com gosto, passaram a prender adversários, confiscar bens, atacar empresários e até encarar Elon Musk, o homem mais rico do mundo. Como se não bastasse, apontaram o dedo para a Starlink, empresa ligada diretamente à segurança dos EUA. Em meio a duas guerras globais — uma comercial com a China e outra bélica na Ucrânia — o Brasil parece ter escolhido os lados errados: China e Rússia.
A crítica se agrava: o governo brasileiro, segundo o autor, se recusa a classificar facções como PCC e CV como grupos terroristas, desdenha de Israel, protege criminosos internacionais como Cesare Battisti e flerta com terroristas do Hamas e Hezbollah. Trata-se de uma aliança informal, mas profunda, com os inimigos da ordem liberal ocidental.
Com a Lei Magnitsky na mira, a retórica muda. O deboche deu lugar ao silêncio. A administração Trump, embora fora do poder, monitora de perto. A acusação é direta: Moraes estaria sendo “neutralizado” por ser visto como responsável por censurar americanos, prender inocentes, perseguir políticos (em especial a família Bolsonaro), e proteger grupos extremistas.
Allan lista seis pontos de acusação que ilustram o perfil de um Estado que abandonou o devido processo legal e assumiu uma cruzada contra seus próprios cidadãos e aliados históricos.
Conclusão:
A análise de Allan é provocadora e revela o nervo exposto de uma crise de legitimidade. Não se trata mais de esquerda contra direita, mas de liberdade contra controle. E se há algo que os regimes autoritários têm em comum, é o desprezo por quem ousa pensar diferente.



