Méliuz: A Primeira Empresa Brasileira a Transformar o Caixa em Bitcoin
Por André Costa
Data: 16 de maio de 2025
💡 O Início de uma Nova Era Financeira no Brasil
A Méliuz (CASH3) acaba de entrar para a história ao se tornar a primeira empresa brasileira — e também da América Latina — a transformar parte significativa de seu caixa em Bitcoin. Essa estratégia arrojada coloca a Méliuz na vanguarda financeira, seguindo os passos de gigantes internacionais como a MicroStrategy.
Em uma assembleia geral realizada no mês passado, os acionistas da Méliuz aprovaram uma decisão inovadora: adquirir US$ 28,4 milhões em Bitcoin (aproximadamente R$ 161,3 milhões). Com essa compra, a empresa garantiu 274,52 bitcoins a um preço médio de US$ 101,7 mil por unidade.
Essa mudança de paradigma fez com que a Méliuz se tornasse oficialmente a primeira Bitcoin Treasury Company do Brasil, alocando quase todo o seu caixa na criptomoeda mais valorizada do mercado. Desde a convocação da assembleia em 14 de abril de 2025, as ações da empresa dispararam, registrando uma valorização impressionante de 176% até o momento.
📈 O Impacto no Mercado de Ações
O movimento ousado da Méliuz não apenas surpreendeu o mercado como também impulsionou as ações da empresa de forma exponencial. No início de 2025, o preço da ação da Méliuz (CASH3) era de R$ 2,76. Hoje, a cotação atingiu R$ 10,64, refletindo um aumento significativo no valor percebido pelos investidores.
Esse salto se deve, em grande parte, ao interesse dos investidores em empresas que adotam o Bitcoin como tesouraria, especialmente em um momento em que o BTC está cotado acima dos 100 mil dólares por uma semana consecutiva, um marco histórico para a criptomoeda.
💰 Por Que Bitcoin?
O uso do Bitcoin como tesouraria não é apenas uma aposta na valorização da criptomoeda, mas também uma estratégia para proteger o caixa contra a inflação e buscar um aumento do valor por ação. O CEO da Méliuz destacou que o contexto macroeconômico atual torna o Bitcoin uma escolha lógica para preservar o poder de compra da empresa.
"Estamos apostando no Bitcoin como uma reserva de valor a longo prazo, protegendo o patrimônio dos acionistas contra a desvalorização da moeda fiduciária", afirmou o executivo da Méliuz durante a apresentação da estratégia.
📊 Resultados Financeiros no 1º Trimestre de 2025
A Méliuz não apenas inovou na gestão de caixa, mas também apresentou resultados expressivos no primeiro trimestre de 2025 (1T25):
Receita líquida: R$ 100,4 milhões (+22% em relação ao 1T24).
EBITDA ajustado: R$ 15,8 milhões (+174% ante o 1T24).
Lucro líquido ajustado: R$ 12 milhões (queda de 37% em relação ao 1T24).
Take rate: 8,4% (recorde histórico).
Contas abertas: 40,8 milhões (+30% em relação ao 1T24).
Embora o lucro líquido consolidado tenha apresentado queda de 48% em relação ao ano anterior, a empresa mostrou crescimento operacional e financeiro, consolidando sua posição no mercado.
🪙 Movimentação de Ações e Capital
Desde a decisão de adquirir Bitcoin, a Méliuz também passou por um período de intensa movimentação de ações. Em abril de 2025, BTG Pactual e XP Investimentos realizaram compras e vendas significativas de ações ordinárias (ON), refletindo um reposicionamento estratégico no mercado.
A valorização das ações e o aumento do volume diário para R$ 52 milhões mostram que a estratégia de adoção do Bitcoin atraiu tanto investidores institucionais quanto pequenos acionistas.
💡 A Transformação da Méliuz: Um Modelo para o Brasil?
A decisão de utilizar o Bitcoin como reserva de valor está alinhada com uma tendência global em que grandes empresas estão adotando a criptomoeda para proteger suas tesourarias. O impacto imediato na valorização das ações da Méliuz pode inspirar outras companhias brasileiras a seguirem o mesmo caminho.
Com o sucesso dessa estratégia, a Méliuz passa a ser vista não apenas como uma empresa de cashback e serviços financeiros, mas como uma pioneira na gestão financeira moderna no Brasil.
🌍 O Que Vem a Seguir?
A adoção institucional do Bitcoin está ganhando força ao redor do mundo, e o Brasil começa a trilhar esse caminho. A estratégia da Méliuz pode se tornar um case de sucesso e abrir espaço para que outras empresas adotem uma postura semelhante, diversificando seus ativos e buscando proteção contra a inflação.
Será que veremos outras companhias brasileiras seguindo essa tendência? O futuro promete ser cada vez mais cripto!
💬 Conclusão
A decisão da Méliuz de se tornar a primeira Bitcoin Treasury Company do Brasil pode ser um divisor de águas no mercado nacional. À medida que o Bitcoin continua a se consolidar como ativo de reserva, outras empresas podem perceber que a gestão de caixa em criptomoedas não é apenas viável, mas essencial para garantir competitividade no cenário econômico atual.
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