Hackers da Coreia do Norte ampliam uso de spear phishing e lideram ataques globais nos últimos 12 meses
Grupo Lazarus foi o mais citado em análises pós-hack; ataques miram cripto, finanças, TI e defesa — e devem piorar com avanços da inteligência artificial
O grupo hacker norte-coreano Lazarus Group, financiado pelo regime de Pyongyang, reforçou sua posição como a maior ameaça cibernética internacional ao longo do último ano. Segundo relatório da empresa sul-coreana AhnLab, publicado em 26 de novembro, o Lazarus foi o grupo mais mencionado em análises de ataques entre outubro de 2024 e setembro de 2025, com 31 registros.
O relatório aponta que o grupo utilizou principalmente ataques de spear phishing, uma versão mais sofisticada do phishing tradicional, baseada em engenharia social e personalização das vítimas. Os e-mails maliciosos eram frequentemente disfarçados como “convites para palestras” ou “pedidos de entrevista”.
Essa técnica exige pesquisa prévia sobre o alvo, permitindo que os hackers roubem credenciais, instalem malware ou obtenham acesso a sistemas sensíveis com maior eficácia.
Lazarus é suspeito de grandes ataques no setor cripto
O grupo é apontado como o principal responsável por alguns dos maiores ataques recentes ao mercado de criptomoedas, incluindo:
o hack de US$ 1,4 bilhão contra a Bybit, ocorrido em 21 de fevereiro;
o ataque de US$ 30 milhões à exchange sul-coreana Upbit, registrado na última quinta-feira.
Além do Lazarus, outros grupos ligados ao regime norte-coreano também aparecem com destaque:
Kimsuky — 27 menções;
TA-RedAnt — 17 menções.
Os alvos desses grupos incluem empresas de cripto, instituições financeiras, infraestrutura de TI e organizações ligadas à defesa.
Como se proteger de ataques de spear phishing
AhnLab e a empresa de segurança Kaspersky recomendam práticas fundamentais para reduzir riscos:
Para empresas
adotar defesa em múltiplas camadas;
realizar auditorias de segurança regulares;
manter softwares atualizados com patches recentes;
treinar funcionários sobre vetores de ataque;
monitorar anomalias de rede.
Para usuários comuns
habilitar autenticação multifator ou biometria;
verificar a procedência de e-mails via canais alternativos;
evitar clicar em links ou anexos não verificados;
não compartilhar informações pessoais em excesso;
manter antivírus e sistemas de segurança atualizados;
usar VPN para criptografar tráfego.
IA está tornando ataques mais sofisticados
O relatório alerta que a adoção de inteligência artificial por criminosos deve intensificar a sofisticação dos ataques nos próximos anos.
AhnLab destaca que agentes maliciosos já utilizam IA para:
criar sites e e-mails de phishing praticamente indistinguíveis de comunicações reais;
gerar códigos modificados para driblar sistemas de detecção;
produzir deepfakes avançados, inclusive de voz e vídeo, para aumentar a eficácia do spear phishing.
Com a evolução das ferramentas, ataques poderão se tornar praticamente impossíveis de identificar sem mecanismos robustos de verificação digital — uma preocupação crescente para governos, empresas e usuários.
Fonte: AhnLab, Kaspersky, CoinGlass, análises públicas de cibersegurança.
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