Fundo soberano de Abu Dhabi quase triplica exposição ao Bitcoin e reforça posição estratégica em meio à volatilidade
Movimento bilionário do ADIC via ETF da BlackRock indica confiança institucional crescente nos Emirados — mesmo em meio à queda recente do BTC.
O Abu Dhabi Investment Council (ADIC), braço de investimentos do governo dos Emirados Árabes Unidos, ampliou de forma expressiva sua posição em Bitcoin durante o terceiro trimestre, reforçando a visão de que o ativo é uma reserva de valor estratégica para o país.
De acordo com dados revelados à Bloomberg, o ADIC quase triplicou sua participação no iShares Bitcoin Trust (IBIT), ETF à vista da BlackRock. As ações sob gestão saltaram de 2,4 milhões para quase 8 milhões até 30 de setembro — estimados em US$ 520 milhões, considerando o preço de fechamento do período.
O fundo soberano descreveu o Bitcoin como “o equivalente digital do ouro”, um posicionamento que ecoa a tendência vista entre grandes instituições que buscam proteção frente às incertezas globais e à perda de força das moedas tradicionais.
Aposta alta veio antes do rali histórico — e da correção
A movimentação ocorreu em meio a um trimestre volátil. Poucos dias após o fechamento do período, o Bitcoin atingiu sua máxima histórica de US$ 125.100, para depois recuar abaixo dos US$ 90 mil nesta semana.
Esse recuo também pressionou o IBIT, que caiu 23% desde o fim do terceiro trimestre, fechando a última quarta-feira a US$ 50,71.
Mesmo assim, especialistas apontam o aumento de posição do ADIC como um marco de adoção institucional, especialmente na região do Golfo, que busca se consolidar como um polo global de ativos digitais.
Mercado vê sinal claro de maturidade institucional
Zayed Aleem, gestor da plataforma M2, celebrou a decisão:
“É fantástico ver esse nível de convicção institucional. O UAE está assegurando seu espaço como um hub global para ativos digitais.”
O analista MartyParty reforçou que a compra revela uma aposta estratégica no Bitcoin como reserva de valor de longo prazo — narrativa fortalecida conforme governos e fundos soberanos passam a diversificar suas reservas para além do sistema tradicional.
ETF enfrenta pressão, mas mantém fluxo anual robusto
Apesar da queda recente, o IBIT segue com resultados sólidos no acumulado do ano. Segundo o analista Eric Balchunas, o ETF atravessa um “período feio”, mas ainda registra US$ 25 bilhões de entrada líquida em 2024 — um marco que o coloca entre os maiores do mundo.
No último mês, ETFs de Bitcoin tiveram US$ 3,3 bilhões em saídas — cerca de 3,5% do total de ativos sob gestão. Mesmo assim, desde o lançamento em janeiro de 2024, o IBIT acumula fluxo líquido positivo de US$ 63 milhões.
Analistas divididos, mas sentimento segue construtivo
Com o BTC em queda de 10% na semana, analistas divergem sobre os próximos movimentos. Para o especialista VICTOR, o momento atual é uma zona de oportunidade:
“É aquele tipo de faixa em que você fecha os olhos e compra.”
Enquanto isso, o mercado acompanha a recuperação do Bitcoin após tocar US$ 88.540, influenciado também pela disparada nas ações da Nvidia — sinal do entrelaçamento crescente entre o setor cripto e a economia da inteligência artificial.
Fonte: Bloomberg; Google Finance; CoinMarketCap; Farside Investors; declarações públicas de analistas e gestores citados.
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