🇫🇷 França declara guerra à privacidade cripto
Por André Costa – 06/05/2025
Enquanto o mundo observa em silêncio, a França decidiu cruzar uma linha perigosa: criminalizou oficialmente o uso de moedas digitais com foco em privacidade, como Monero (XMR), Zcash (ZEC) e o protocolo Tornado Cash.
Não é exagero. Agora, o simples uso dessas ferramentas financeiras pode ser interpretado como atividade ilegal. E o mais grave: o cidadão precisa provar sua inocência. O ônus da prova foi invertido. O Estado acusa, e você que se vire para demonstrar que sua privacidade não esconde um crime.
A máscara caiu
Sob o pretexto de “combate à lavagem de dinheiro” e “prevenção ao terrorismo”, o governo francês aprovou medidas que jogam no lixo o princípio da presunção de inocência. Aos olhos de Paris, quem deseja proteger sua vida financeira é automaticamente suspeito.
A justificativa? As diretrizes do GAFI — Grupo de Ação Financeira Internacional — que, como toda burocracia internacional não eleita, empurra padrões globais que servem aos interesses de controle, não de liberdade.
Uma tendência orquestrada
O movimento da França não é um ponto fora da curva, mas o início de uma escalada.
A União Europeia já aprovou o AMLR, pacote regulatório que proíbe o uso de moedas privadas e carteiras anônimas a partir de 2027. A França apenas se adiantou.
No mesmo momento, o Banco Central do Brasil avança com propostas que restringem o uso de stablecoins em carteiras pessoais, em nome da rastreabilidade. E nos Estados Unidos, vozes dentro do sistema financeiro tradicional pressionam por controle semelhante, embora a administração Trump tenha sinalizado apoio à descentralização.
Liberdade financeira virou heresia
O que está sendo atacado não é o crime. É o direito de não ser vigiado, de não depender de um sistema centralizado, de não aceitar a vigilância em nome da segurança.
Criptomoedas como Monero e Zcash são ferramentas legítimas de proteção. Quem as usa não é bandido. É alguém que entendeu que a verdadeira liberdade começa quando o governo não sabe tudo sobre você.
O que vem pela frente
A proibição francesa abre um precedente perigoso. Se for tolerado, outros países seguirão. Exchanges podem ser forçadas a remover esses ativos. Provedores de carteira serão pressionados. Usuários serão rotulados.
E o mais importante: a narrativa será distorcida. Quem defende privacidade será chamado de cúmplice do crime. Quem fala em autocustódia será tratado como “radical”. Quem questiona o sistema, como sempre, será silenciado.
A resistência começa agora
Se você está lendo isso, entenda: a batalha é cultural, técnica e espiritual. Não se trata só de blockchain. Trata-se de liberdade individual contra a tirania digital disfarçada de progresso.
Privacidade não é crime. Descentralização não é ameaça. Autonomia não é extremismo.
É hora de escolher: Você vai continuar de joelhos para um Estado que te acusa por querer se proteger? Ou vai se preparar, estudar, aprender a usar ferramentas descentralizadas — e resistir?
🟠 Leia, compartilhe, e não entregue suas chaves. 📩 Assine a newsletter para não depender da narrativa da velha mídia. 📎 Link para o relatório completo e fontes no rodapé.



