Empresa brasileira de energia solar avalia entrar no setor de mineração de Bitcoin
Thopen estuda usar excedente energético para gerar valor com criptoativos
A produtora brasileira de energia solar Thopen estuda ingressar no setor de mineração de Bitcoin (BTC) como forma de aproveitar o excedente de energia gerado pelo crescimento acelerado das fontes renováveis no país.
O CEO da Thopen e controlador da Pontal Energy, Gustavo Ribeiro, afirmou ao portal BN Americas que a companhia está considerando instalar data centers e operações de mineração próximas às usinas solares, permitindo o consumo local da energia gerada e reduzindo desperdícios.
“Estamos avaliando soluções como data centers e mineração de Bitcoin perto da carga para absorver a energia produzida localmente”, disse Ribeiro.
O movimento reflete uma tendência que vem ganhando força no Brasil. Em outubro, a Reuters informou que várias empresas de mineração cripto estavam em negociações com fornecedores de energia para aproveitar o excedente do setor renovável.
Gráfico da porcentagem de energia renovável no Brasil. Fonte: OurWorldInData
Segundo dados do Our World in Data, o Brasil possui uma das matrizes energéticas mais limpas do mundo, com forte participação de fontes hidrelétricas, eólicas e solares. No entanto, a rápida expansão da geração tem causado sobrecarga no sistema, levando o governo a estudar novos leilões de térmicas e hidrelétricas para 2026, com o objetivo de equilibrar a oferta e evitar cortes de produção — o chamado curtailment.
Ribeiro considera essa limitação um “desafio para o setor” e vê na mineração de Bitcoin uma alternativa eficiente para converter energia ociosa em capital.
A iniciativa brasileira segue uma tendência global. No Reino Unido, a Union Jack Oil anunciou que transformará gás natural excedente em eletricidade para minerar Bitcoin. No Canadá, a AgriFORCE Growing Systems iniciou um projeto semelhante, utilizando gás residual para alimentar mais de 120 rigs de mineração.
A entrada de empresas energéticas nesse setor reforça o avanço do conceito de “energia produtiva”, em que o excesso de geração elétrica é convertido em valor digital, especialmente por meio do Bitcoin, que se consolida cada vez mais como ativo estratégico de reserva.
Fonte: BN Americas / Reuters / Our World in Data
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