🇸🇻 El Salvador volta a desafiar o sistema com o primeiro banco Bitcoin do mundo
O país que, em 2021, virou manchete global ao tornar o Bitcoin moeda de curso legal está mais uma vez cutucando o vespeiro do sistema financeiro internacional. El Salvador anunciou planos para lançar o primeiro banco 100% Bitcoin do planeta — um movimento ousado que reacende o debate sobre soberania monetária, liberdade financeira e o papel das criptomoedas na geopolítica.
📜 A base legal do desafio
O projeto nasce amparado por uma nova Lei de Bancos de Investimento, aprovada recentemente, que autoriza a criação de instituições voltadas exclusivamente a ativos digitais. Diferente dos bancos tradicionais, a exigência é clara:
Capital mínimo de US$ 50 milhões;
Pelo menos dois acionistas (nacionais ou estrangeiros);
Regulação mais flexível, mas com foco em investidores qualificados.
A mensagem é direta: não é para qualquer um. El Salvador quer atrair capital estrangeiro, fundos e players institucionais dispostos a operar com Bitcoin em território amigo.
🎯 O foco: capital internacional, não o varejo
Ao contrário da lei de 2021, que obrigava comerciantes e empresas a aceitar Bitcoin — medida que acabou revogada em janeiro de 2025 após pressão do FMI —, o “Bitcoin Bank” não pretende forçar ninguém. É uma operação para jogar no campo grande: mercado global, transações de alto volume e clientes que sabem o que estão fazendo.
🌍 O recado para o mundo
A criação do banco não é apenas um passo econômico. É um gesto político.
Em um cenário onde bancos centrais ensaiam moedas digitais estatais (as temidas CBDCs), El Salvador aposta no oposto: uma infraestrutura bancária construída sobre uma moeda sem dono, sem fronteiras e sem censura.
Para organismos como FMI e BIS, é um pesadelo. Para defensores da liberdade financeira, é um alívio — e talvez um modelo a ser replicado.
⚖️ O embate inevitável
A reação não deve tardar. Assim como no passado, quando Washington e Bruxelas torceram o nariz para a “Lei Bitcoin”, o novo banco pode virar alvo de narrativas sobre riscos à estabilidade financeira, lavagem de dinheiro e evasão fiscal. A diferença é que agora El Salvador aprendeu a jogar o jogo: está criando uma estrutura regulada, mas sem abrir mão da essência do Bitcoin.
💥 Conclusão: o Bitcoin Bank é mais do que um banco
É um lembrete incômodo de que existem governos dispostos a desafiar o monopólio monetário global. E, como sempre, quando um país pequeno decide fazer barulho, ou vira exemplo… ou vira alvo.



