DIÁRIO CRYPTO — 5 DE NOVEMBRO DE 2025
IA em Colapso, Bitcoin em Defesa: Crash ou Oportunidade Histórica?
🌍 Visão Global: O colapso da bolha de IA e o impacto no Bitcoin
O mercado financeiro global viveu um dia de liquidação em massa. A supervalorização das ações de inteligência artificial — impulsionadas por gigantes como Meta, Microsoft e NVIDIA — deu lugar a uma correção brutal. Mais de US$ 730 bilhões foram apagados em um único pregão, marcando uma virada drástica após meses de euforia tecnológica.
Com o estouro da bolha de IA, o efeito dominó atingiu também o mercado cripto, que vinha se equilibrando após o “cisne negro” de outubro. O Bitcoin mergulhou para a faixa dos US$ 99.000, liquidando mais de US$ 2 bilhões em posições alavancadas e quase meio milhão de traders, segundo a Coinglass.
Apesar do pânico, analistas apontam que a estrutura de mercado ainda se assemelha a correções típicas de bull market. O RSI de 45 pontos, historicamente associado a reversões de alta, foi atingido — o mesmo patamar que marcou novas máximas em ciclos anteriores. Além disso, o suporte técnico dos US$ 100 mil mostrou forte defesa, com compras expressivas no mercado spot.
Nos bastidores, a tensão política nos Estados Unidos adiciona combustível à incerteza. O shutdown do governo americano, agora o mais longo da história, restringe liquidez global e amplia a volatilidade. Contudo, analistas como Raoul Pal lembram que, após o fim do shutdown de 2018–2019, o Bitcoin disparou mais de 300%, sugerindo que a retração atual pode ser um ponto de acumulação e não o fim do ciclo.
📈 Altcoins: Mercado em silêncio, mas novos setores florescem
Enquanto o Bitcoin luta por estabilidade, o universo das altcoins segue em um bear market silencioso. Dados da Blockchain Center Altcoin Season Index mostram que o mercado alternativo está em níveis semelhantes aos de 2022 — muito abaixo dos picos de ciclos anteriores.
O índice “OTHERS”, que historicamente sinaliza o início de uma verdadeira altseason quando supera sua máxima anterior, ainda não rompeu o topo. Isso indica que o momento atual não é de euforia generalizada, mas de força setorial seletiva.
Entre os poucos setores em alta estão os mercados de previsão descentralizados. Plataformas como Polymarket e Kalshi acertaram com precisão quase perfeita o resultado da eleição municipal de Nova York — com 95% de acerto, superando institutos tradicionais. Essa performance atraiu fluxo recorde de capital: mais de US$ 3 bilhões em volume semanal, e buscas no Google por “Polymarket” já superam as de protocolos clássicos como Aave e Uniswap.
O destaque é que ainda não existe um token nativo da Polymarket, mas a equipe confirmou publicamente planos de um token POLY e airdrop. Essa expectativa, somada ao crescimento de uso e taxas on-chain, coloca o segmento de prediction markets como um dos principais candidatos a liderar o próximo ciclo altcoin.
🧠 Interpretação Técnica
A atual correção combina múltiplos vetores:
Reprecificação do setor de IA, concentrado em poucas big techs (as 10 maiores respondem por 22% do valor de mercado global).
Fuga de capitais de ouro e tecnologia, com saída recorde de US$ 7,5 bilhões em fundos de ouro.
Aperto de liquidez global, agravado pelo impasse político em Washington.
Ainda assim, o Bitcoin mantém estrutura de alta no longo prazo. O ativo está acima da média móvel de 50 semanas, seu “suporte de ciclo”, e a leitura técnica sugere reset de alavancagem, não reversão estrutural.
Em paralelo, as altcoins seguem fragmentadas. A “estratégia de atirar para todos os lados” perdeu eficácia; agora o mercado recompensa setores com uso real e métricas sólidas — como os prediction markets, que mostram crescimento verificável em volume, usuários e taxas.
🇧🇷 Seção Brasil
O mercado financeiro brasileiro começa esta quarta-feira (5/11) em compasso de espera pela decisão do Copom, que deve manter a Selic em 15% ao ano pela terceira vez consecutiva — o maior nível em quase duas décadas.
O Ibovespa tenta sustentar a marca histórica de 150.704 pontos, após dez altas consecutivas, enquanto o dólar oscila em torno de R$ 5,40. A inflação projetada para 2025 caiu para 4,55%, e analistas já esperam cortes graduais de juros apenas em 2026.
A postura “hawkish” do Banco Central mantém o real sob pressão, mas também atrai fluxos para ativos locais, especialmente em bancos e energia. Já setores como mineração e aviação perdem força. O foco do dia será o comunicado do Copom às 18h — qualquer sinal de moderação poderá impulsionar o mercado no curto prazo.
Em suma, o Brasil vive um “pouso suave” econômico, com juros altos estabilizando a inflação, mas limitando o crescimento.
🇵🇾 Seção Paraguai
O mercado paraguaio exibe leve otimismo nesta quarta-feira, com o índice BVPASA subindo 0,8%, impulsionado por ações agrícolas como Cargill Paraguay e Adecoagro. O Banco Central do Paraguai (BCP) manteve a taxa básica em 6,5%, destacando inflação controlada em 3,8% e crescimento de crédito de 12% em 2025.
O câmbio USD/PYG fechou em 7.550, refletindo leve depreciação devido à queda de 1,2% no preço da soja, mas com reservas sólidas de US$ 12,5 bilhões.
Outro destaque é o acordo entre a ANDE e a AES Corporation para construção de uma usina solar de 200 MW, com investimento inicial de US$ 150 milhões. O projeto reforça o papel do Paraguai como hub energético verde da América do Sul, atraindo novos fluxos de capital estrangeiro e sustentando a projeção de PIB acima de 4% para 2025.
📊 Conclusão
A correção global de hoje não é um colapso isolado, mas um choque de liquidez entre tecnologia e política. O Bitcoin se mantém resiliente em um cenário de medo extremo, enquanto setores de nicho no cripto — especialmente prediction markets — emergem como ilhas de crescimento real.
Historicamente, momentos como este antecederam movimentos explosivos de alta. Tudo dependerá de dois fatores: o desfecho do shutdown americano e o comportamento da liquidez global nos próximos 30 dias.
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