Diário Crypto — 3 de Outubro de 2025
Bitcoin em Ponto de Ruptura: Explosão no Q4 ou Topo de Ciclo?
🌍 Panorama Global
O quarto trimestre chega carregado de expectativas para o mercado de criptoativos. Historicamente, este é o período mais explosivo para o Bitcoin (BTC), e 2025 já abre com sinais mistos: de um lado, fatores técnicos e macroeconômicos sugerem nova arrancada; de outro, há alertas de que o ciclo pode estar próximo do esgotamento.
O Caso dos Touros
Histórico favorável: Setembro terminou em alta, e, estatisticamente, os últimos três meses do ano costumam render em média +50% para o BTC.
Quebra de tendência: O Bitcoin fechou acima de uma linha de resistência que conecta 2017, 2021 e 2025, registrando o segundo maior fechamento da história.
Força institucional: ETFs de Bitcoin, como o IBIT, já superaram US$ 90 bilhões em ativos sob gestão e ultrapassaram até mesmo a Coinbase Deribit em opções, marcando um suporte estrutural inédito.
Política monetária: O Fed cortou juros em setembro e o mercado projeta nova redução em 29 de outubro, cenário que amplia a liquidez global.
Fluxo de stablecoins: O suprimento em Ethereum atingiu recorde de US$ 177 bilhões, com sinais de forte entrada de capital também em Solana — um indicativo de apetite por risco.
O Caso dos Ursos
Ciclo temporal: Os dois últimos ciclos do Bitcoin atingiram topo cerca de 1.064 dias após o fundo, o que projetaria um pico ainda em outubro deste ano.
Saturação de narrativas: Tendências como DEX perpétuos já dão sinais de desgaste, com capital girando entre os mesmos players sem novos influxos relevantes.
Ausência do varejo: Apesar do peso institucional, o investidor de varejo ainda não voltou com força. Sem essa “última onda” de euforia, há risco de o movimento perder fôlego.
Exaustão técnica: Indicadores mostram compressão das Bollinger Bands em níveis raros, apontando para um evento iminente de forte volatilidade — mas sem clareza sobre a direção.
Conclusão Global
O mercado se equilibra entre duas forças: de um lado, sazonalidade histórica, ETFs robustos e sinais técnicos positivos; de outro, riscos de topo cíclico e sinais de exaustão. O consenso? Movimentos bruscos são inevitáveis.
🇧🇷 Seção Brasil — Mercado Financeiro
O Brasil entra nesta sexta-feira em compasso de cautela, na contramão do otimismo global.
O Ibovespa abriu em leve alta de 0,14%, em torno de 145 mil pontos, revertendo parte da queda de 1,08% da véspera. No acumulado de outubro, o índice recua 1,56%, embora no ano ainda registre ganhos de 19,6%.
As preocupações fiscais dominam o cenário após duas medidas de impacto:
a tarifa zero no transporte público, com custo estimado em R$ 60 bilhões anuais;
a isenção do IR para salários até R$ 5 mil, que pode elevar o consumo e pressionar a inflação.
Nos setores, bancos e tecnologia sobem com fluxo estrangeiro, enquanto varejo e consumo caem. Petrobras avança com a alta do petróleo (+0,8%), e a Vale acompanha o minério de ferro a US$ 105 por tonelada.
O dólar opera a R$ 5,33, em leve queda, mas ainda acumula alta de 12% em 2025. A curva de juros segue estável, com mercado precificando corte de 25 pontos-base na Selic em novembro, mas limitado pelo risco fiscal.
No campo cripto, o Bitcoin é negociado a US$ 120.400, próximo da máxima histórica de US$ 124.500, reforçando sua atratividade como ativo de proteção em meio à incerteza local.
📌 Perspectiva
A encruzilhada é clara: ou o Bitcoin inicia sua arrancada final rumo a novos recordes ainda em 2025, ou estamos diante de um possível topo de ciclo. Independentemente da direção, o consenso é que a volatilidade será protagonista nos próximos meses.
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