DIÁRIO CRYPTO — 27 de Novembro de 2025
Após o Pior Drawdown do Ciclo, o Bitcoin Segura Suportes-Chave e o Mercado Vira o Jogo
🌎 Panorama Geral
Novembro trouxe um choque de realidade para o mercado cripto: US$ 1 trilhão evaporou do valor total, o Bitcoin falhou em renovar máximas contra o ouro e investidores de curto prazo foram arrastados para prejuízo em questão de dias. O sentimento, por alguns momentos, era de que o ciclo havia quebrado.
Mas à medida que a poeira baixa, a estrutura interna do mercado mostra um cenário bem diferente:
A alavancagem foi completamente purgada,
O interesse em aberto despencou até níveis próximos de fundo de ciclo,
Compradores à vista voltaram a liderar o movimento,
ETFs estabilizaram seus fluxos,
Liquidez global começa a migrar de apertada para favorável.
O comportamento de preço e indicadores sugere um reset de meio de ciclo, e não o fim da alta.
🔥 Bitcoin: Reset, Não Topo
A queda de novembro trouxe o BTC para uma configuração típica de grandes “flushes” de meio de ciclo:
Principais pontos:
A correção total se alinhou ao tamanho médio de outros “mid-cycle drawdowns”.
Três níveis críticos continuam sendo defendidos:
Custo-base do grupo dos ETFs: ~US$ 78.000,
Custo de produção estimado: ~US$ 85.000,
Abertura anual: ~US$ 93.500.
Enquanto esses níveis forem preservados em fechamentos semanais, a probabilidade histórica ainda favorece retomada.
On-chain mantém o padrão típico do início de expansões:
MVRV Z-Score tocou a banda inferior de reset, sinal clássico de oportunidade.
Base de custo dos holders de curto prazo está acima do preço — feio no curto prazo, mas historicamente associado a zonas de fundo.
Ordem de fluxo:
O livro de ofertas mostra compras fortes no spot absorvendo o impacto dos ETFs no início do mês.
📉 Stablecoins Mostram “Ponto de Virada”
A dominância da USDT atingiu uma zona de resistência crítica e está começando a virar.
O último momento em que isso ocorreu, o índice TOTAL3 (altcoins exceto BTC e ETH) multiplicou por 8x nos meses seguintes.
Osciladores cíclicos mostram leituras extremas não vistas desde 2016 — sinal de que há muita pólvora seca fora do mercado, pronta para retornar se a confiança reaparecer.
🌐 Macro: De Obstáculo Para Catalisador
O ambiente macroeconômico também está mudando:
DXY enfraquecendo
O dólar falhou diversas vezes em romper para cima e está testando a média de 200 dias.
Sempre que o DXY perde a média de 200 de cima para baixo, cripto inicia fortes ciclos de alta.
Crédito mais frouxo nos EUA
O índice Russell 2000 voltou a performar melhor, indicando afrouxamento das condições de financiamento doméstico — algo que beneficia ativos de risco.
Liquidez estrutural melhorando
ETFs estabilizaram seus fluxos, voltando para terreno neutro.
Novas estruturas de opções foram liberadas, incluindo o aumento do limite de posições do IBIT para 1 milhão de contratos.
Produtos estruturados de bancos começam a integrar Bitcoin via ETFs — ampliando o canal de entrada de capital institucional.
Reembolso de impostos nos EUA em 2026 pode ser o maior da história, potencialmente impulsionando liquidez para ativos de risco.
Reguladores estudam reduzir exigências de margem para bancos menores, o que aumenta ainda mais o potencial de crédito.
🧭 Altcoins: O Playbook do Pós-Flush
Com o cenário estabilizando, duas categorias fazem mais sentido para o próximo movimento:
1️⃣ Survivors multicíclo
Projetos que sobreviveram aos ciclos de 2018 e 2022:
Mantêm ecossistemas ativos
Possuem liquidez estruturada
Reagem mais rápido quando BTC retoma médias importantes
2️⃣ Tokens com programas de buyback maiores do que suas emissões
A estrutura ideal no ambiente atual:
Tokens que usam parte das taxas para recompras
Buybacks que superam unlocks
Forte proteção contra quedas amplas de liquidez
O flush de novembro serviu como teste de estresse real:
Tokens sem fluxo de caixa real foram “obliterados”.
Protocolos com receita e recompras voltaram a subir rapidamente assim que a dominância do USDT recuou.
Estratégia sugerida pelo comportamento de mercado:
Primeiro, posicionar em infraestruturas multicíclo enquanto BTC segura os níveis críticos.
Depois, adicionar tokens com buyback agressivo conforme USDT dominance forma topos descendentes e TOTAL3 sinaliza fundo.
Evitar narrativas com unlocks maiores do que buybacks.
🎯 Conclusão
Apesar da dor, novembro se parece muito mais com um “ritual de purificação” de meio de ciclo do que com um topo terminal.
Alavancagem foi queimada,
Spot assumiu o controle,
ETFs estabilizaram,
Liquidez global começa a virar,
Estrutura técnica permanece intacta.
Se o Bitcoin continuar defendendo US$ 78k – US$ 93.5k, o caminho para testar novamente a zona psicológica dos US$ 100k e a média de 50 semanas volta ao radar.
O risco continua real — mas o edge agora está com quem interpreta o mercado como um jogo probabilístico, não emocional.
🇧🇷 Brasil — Mercado Financeiro
Resumo das Notícias
Ibovespa sobe 1,7% e rompe 158 mil pontos, impulsionado por setores de finanças, utilities e consumo.
Dólar abre o dia em alta devido ao feriado de Ação de Graças nos EUA.
IGP-M avança 0,27% em novembro, revertendo a queda anterior.
Raízen é rebaixada para grau especulativo (junk) pela Moody’s.
Brasil pede cooperação dos EUA em investigação sobre lavagem de dinheiro envolvendo empresas de Delaware.
Lucros das empresas brasileiras caem 27% no 3º trimestre, afetadas por custos mais altos.
Análise
O Brasil vive um momento de contraste:
A Bolsa opera em forte otimismo e rompe recordes,
Enquanto os lucros corporativos caem significativamente,
E a volatilidade do dólar permanece elevada.
O cenário fiscal ainda exige reformas, mas influxos estrangeiros continuam fortes, ajudando o desempenho do mercado acionário. A inflação mostra sinais mistos, mas segue sob controle relativo no acumulado anual.
🇵🇾 Paraguai — Mercado Financeiro
Resumo das Notícias
MEF conclui o ciclo de subastas de 2025 com G. 276,5 bilhões em bonos.
Lucros bancários sobem para US$ 620 milhões, sustentados por crédito em expansão e baixa inadimplência.
Nova Lei de Mercado de Valores (Ley 7572/2025) moderniza o setor e introduz tokenização legalizada.
IDB Invest realiza a maior emissão de bonos locais da história: PYG 240 bilhões.
Análise
O Paraguai se consolida como mercado financeiro estável e em modernização:
Dívida pública baixa,
Inflação convergindo para a meta,
Expansão do crédito mantendo bancos sólidos,
Reforma regulatória abrindo espaço para ativos digitais.
Com projeção de PIB de 3,8% em 2025, o país se posiciona como hub atrativo de capitais na região — porém ainda dependente de commodities e do desempenho econômico dos vizinhos.
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