Diário Crypto – 24 de Setembro de 2025
Perp DEXs em ascensão, Tether desafia bancos e ASTER pode disparar 2,4x
Panorama Geral do Mercado
O mercado amanheceu em queda, mas com sinais de força estrutural. A realização de lucros por parte de investidores de curto prazo tem dado espaço para players de maior convicção, fortalecendo o cenário para um possível novo movimento de alta.
O Bitcoin apresenta as Bandas de Bollinger mais estreitas da sua história, um sinal clássico de compressão de volatilidade que costuma anteceder movimentos explosivos. Já o índice TOTAL3, que mede o desempenho agregado dos altcoins fora de $BTC e $ETH, está em um padrão “cup and handle” próximo de sua máxima histórica, sugerindo força para as altcoins.
Enquanto isso, o ouro renovou sua máxima histórica, atingindo condições de sobrecompra, algo que historicamente costuma abrir espaço para valorização do Bitcoin em sequência.
Destaque Internacional: Tether e o novo paradigma bancário
O grande movimento do dia envolve a Tether. A emissora do USDT estaria levantando até US$ 20 bilhões em uma rodada que a avalia em US$ 500 bilhões.
Esse valor colocaria a Tether como o segundo maior banco do mundo em valor de mercado, superando gigantes tradicionais e destacando-se ainda mais frente à Circle, emissora do USDC, avaliada em cerca de US$ 35 bilhões.
Com apenas 150 funcionários, a Tether ilustra como modelos digitais podem desafiar bancos que operam com milhares de colaboradores.
O Ciclo da Vez: Inteligência Artificial Descentralizada
A narrativa de IA descentralizada começa a dominar. O projeto 0G, chamado de “Solana para IA”, aparece como grande aposta.
Com US$ 325 milhões em funding, mais de 300 parcerias (incluindo Alibaba e Optimism) e promessa de 50.000x mais performance que concorrentes, a 0G se apresenta como primeira stack completa para IA — oferecendo armazenamento, computação e execução em blockchain.
ASTER: o Perp DEX no radar
O principal ativo em discussão hoje é o Aster (ASTER), uma exchange perp descentralizada com histórico ligado à ApolloDex (APX) e suporte da YZI Labs.
O projeto ganhou atenção após tweets de CZ (ex-CEO da Binance), e vem crescendo em volume. Atualmente:
Market cap ASTER: US$ 18 bilhões.
Market cap Hyperliquid (HYPE): US$ 43,5 bilhões.
Duas projeções se destacam:
Se ASTER alcançar o nível de HYPE → US$ 5,40 por token (2,4x).
Se dividir mercado com HYPE → US$ 3,80 por token (1,7x).
Além disso, há planos para o lançamento da sua própria Layer 1, o que pode consolidar ainda mais sua narrativa.
Regulação e ETFs
Do lado regulatório, duas novidades de peso:
A CFTC estuda permitir stablecoins como colateral tokenizado em mercados de derivativos nos EUA.
A SEC aprovou ETFs de Ethereum da Grayscale dentro de um novo framework de listagem genérica.
Esses movimentos reforçam o processo de integração das criptomoedas com os mercados financeiros tradicionais.
Seção Brasil – Panorama Econômico e Financeiro
O mercado brasileiro enfrenta um momento de cautela. O Ibovespa recuou 0,52%, para 145.109 pontos, refletindo correção após recordes recentes. O setor bancário sofreu com quedas de Itaú (-1,44%), Santander (-0,89%) e Banco do Brasil (-0,51%), enquanto o Bradesco se recuperou levemente. A queda de 18% da Cosan (CSAN3) após anunciar aporte de R$ 10 bilhões foi o destaque negativo, embora analistas ainda enxerguem potencial de longo prazo.
No câmbio, o dólar subiu pela quarta sessão consecutiva, fechando a R$ 5,33. O movimento foi alimentado por temores ligados a novas sanções dos EUA contra pessoas próximas ao ministro Alexandre de Moraes, embora os bancos não tenham sido diretamente atingidos.
Entre os destaques corporativos, o fato relevante é a fusão da Marfrig e BRF, criando a MBRF3, que estreou em queda na B3. Já a Embraer subiu 4% após anunciar pedido bilionário da Latam, e a Eletrobras avançou mais de 3% com a inauguração da linha de transmissão Manaus–Boa Vista.
No campo macro, o Boletim Focus projetou inflação de 5,65% em 2025, acima da meta, e Selic mantida em 15% até o fim do ano. A dívida pública em alta e o déficit externo reforçam preocupações fiscais, ao passo que o Banco Central anunciou leilões de linha de até US$ 2 bilhões para conter a pressão sobre o real.
Conclusão
O cenário global e brasileiro converge para uma fase de volatilidade e oportunidades seletivas.
Enquanto o mercado cripto testa padrões técnicos de alta e narrativas como perp DEXs e IA descentralizada ganham força, o ambiente macroeconômico segue carregado de riscos geopolíticos, fiscais e regulatórios.
No Brasil, a correção da bolsa e a pressão cambial mostram que investidores adotam postura de cautela, ao mesmo tempo em que setores específicos, como energia e aviação, demonstram resiliência.
💡 Quer aprender a usar o Bitcoin para conquistar liberdade financeira? Conheça meu curso Soberania Crypto no site www.oandrecosta.com.br.



