Diário Crypto – 22 de Setembro de 2025
Bitcoin em risco de queda a US$ 90 mil enquanto altcoins entram em colapso
Panorama Global das Criptomoedas
O mercado de criptomoedas inicia a semana sob forte pressão. Após semanas de sinais de exaustão, a correção finalmente se intensificou: as altcoins sofreram a maior liquidação diária desde meados de 2023 no caso de Ethereum (ETH) e Solana (SOL), enquanto o Bitcoin (BTC) também enfrentou a maior pressão desde junho.
Em menos de uma hora, mais de US$ 1 bilhão foi liquidado em posições alavancadas, reforçando o tom de cautela. Apesar de o BTC ter recuado menos em termos percentuais, a fraqueza estrutural acendeu alertas para novas quedas.
Por que o mercado está caindo?
Derivativos: o movimento coincidiu com a triple witching, quando vencem simultaneamente opções e futuros de BTC listados na CME, historicamente um gatilho de volatilidade.
Sinais de euforia: stablecoins negociando acima do peg, altcoins sem fundamentos disparando e novas “Digital Treasury Assets” despencando 90% em apenas uma semana — padrões típicos de excesso especulativo.
Zona crítica: o BTC recuou justamente na linha de resistência do ciclo 2017–2021, um ponto técnico que já havia servido como divisor de águas no passado.
Bitcoin: até onde pode ir a correção?
Historicamente, em 6 dos últimos 8 meses, o BTC marcou suas mínimas nos primeiros dias do mês. Em setembro, o fundo até agora está em US$ 107 mil — nível que, se rompido, pode abrir espaço para quedas mais profundas.
Um cenário técnico traçado aponta que, caso repita padrões anteriores, o Bitcoin poderia buscar a região de US$ 90 mil, uma retração de cerca de 20% em relação ao nível atual. Nos três episódios recentes em que rompeu abaixo da banda de suporte de alta, a criptomoeda passou, em média, 76 dias em consolidação baixista antes de retomar a tendência.
A mensagem dos analistas é clara: correções são naturais em bull markets, mas este mergulho pode ser mais prolongado.
Narrativas e apostas do ciclo
Enquanto o BTC enfrenta turbulência, algumas tendências emergem como potenciais protagonistas:
0G Labs: apelidada de “Solana da IA”, a nova blockchain focada em inteligência artificial lançou seu token hoje, 22 de setembro, após captar US$ 325 milhões e firmar mais de 300 parcerias, incluindo Alibaba e OptimismIf This Plays Out Bitcoin Coul…. A promessa é entregar desempenho 50.000 vezes superior aos concorrentes, com custos até 90% menores.
Hyperliquid (HYPE): o token continua no radar. Arthur Hayes realizou lucro de 19% em um mês, vendendo cerca de US$ 5,1 milhões em HYPE. Mas o projeto enfrenta riscos de desbloqueios massivos até novembro, o que pode pressionar os preços.
Aster (ASTER): após superar até mesmo o volume perpétuo de BTC em algumas exchanges, o token tem sido visto como catalisador de drenagem de liquidez do mercado, lembrando movimentos de janeiro que antecederam quedas de 32% do BTC.
Seção Brasil – 22 de Setembro de 2025
O mercado financeiro brasileiro também amanheceu com sinais de instabilidade.
Ibovespa em queda: o índice recua 0,86% e marca 144.615 pontos, pressionado pela derrocada da Cosan (CSAN3), que caiu mais de 20% após anunciar aumento de capital de R$ 10 bilhões.
Dólar em alta: a moeda americana avança 0,43%, negociada a R$ 5,3463, em movimento contrário ao exterior, refletindo preocupações com o arcabouço fiscal após declarações do ministro Fernando Haddad sobre a necessidade de ajustes.
Boletim Focus: projeções seguem estáveis — IPCA em 4,83% para 2025, Selic em 15% e PIB em 2,16%, mostrando expectativas relativamente ancoradas, apesar das tensões.
Orçamento: o governo manteve bloqueio de R$ 10,7 bilhões em despesas discricionárias, sem novos contingenciamentos, aproveitando arrecadação acima do previsto no bimestre.
O cenário indica que os investidores continuarão atentos a três pontos-chave nesta semana: divulgação do IPCA-15, ata do Copom e indicadores de inflação nos EUA. A combinação de risco fiscal elevado e juros altos mantém o real sob pressão.
Conclusão
O mercado global de criptomoedas vive um momento decisivo. O risco de o Bitcoin recuar até US$ 90 mil não pode ser descartado, principalmente diante do enfraquecimento técnico e da liquidez drenada pelas altcoins. No Brasil, a combinação de incertezas fiscais e juros elevados reforça a cautela nos ativos de risco.
Para investidores, a lição permanece: bull markets não seguem em linha reta, e correções são parte inevitável do processo.
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