🚨 Diário Crypto – 22 de Agosto de 2025
Jackson Hole e o Ciclo do Bitcoin
🌍 Panorama Global: Jackson Hole e o Ciclo do Bitcoin
O Jackson Hole Economic Policy Symposium está em andamento em Wyoming. O evento, que tradicionalmente gera grandes sinalizações de política monetária, tem como ponto alto o discurso de Jerome Powell nesta sexta-feira. A fala do presidente do Fed pode reverberar não só em títulos e câmbio, mas também em ações e criptomoedas.
Enquanto isso, o Bitcoin parece seguir seu próprio “relógio interno”. Analistas destacam que o ativo repete um padrão recorrente pós-halving: cerca de 480 dias após cada halving, ocorre uma correção acentuada de 25–30% em um período de 6 a 14 dias, seguida de recuperação em até 29 dias.
Em 2017, foi o “dip de novembro”.
Em 2021, o “dip de setembro”.
Agora, após o halving de abril de 2024, a correção está aparecendo em agosto de 2025.
Atualmente, o suporte crítico do BTC está na faixa dos US$ 95 mil — considerado o “pior cenário” da correção. Um cenário mais otimista prevê retomada mais rápida, como em novembro de 2017.
🔎 Resumo da análise técnica:
RSI aponta cruzamento de baixa.
Sazonalidade de agosto/setembro costuma ser fraca para ativos de risco.
Se o padrão histórico se repetir, o pico do ciclo pode ocorrer em outubro de 2025.
💰 Solana: Tesourarias Institucionais em Construção
Enquanto o Bitcoin enfrenta sua correção cíclica, a Solana (SOL) ganha destaque como veículo de tesouraria para grandes instituições. Já são 5,91 milhões de SOL acumulados (~US$ 1,06 bi), com forte concentração entre quatro grandes players.
DejDevCorp: linha de crédito de US$ 5 bi, dos quais apenas US$ 39 mi foram usados até agora; além disso, destinou US$ 139 mi em compras diretas de SOL.
Upexi: firmou acordo de US$ 500 mi para adquirir 2 milhões de SOL.
Participação de fundos europeus e diversificação geográfica começam a aparecer.
Esse movimento coloca a Solana como protagonista em uma possível nova onda de demanda institucional, capaz de alterar a dinâmica do mercado de altcoins.
🏦 Notícias Corporativas e DeFi
Coinbase anunciou listagem da stablecoin USD1 da World Liberty Financial, antecipando especulações sobre o lançamento do token WLFI.
Nos DEXs, destaque para traders operando em Raydium (RAY), enquanto análises apontam oportunidade de long em Sui (SUI).
🇧🇷 Sessão Brasil: Cenário Econômico e Financeiro
Ibovespa e Bancos – O índice caiu 0,17%, fechando em 134.510 pontos. Ações do Banco do Brasil (BBAS3) recuaram após resultados fracos e insegurança jurídica envolvendo o bloqueio de um cartão de crédito ligado a Alexandre de Moraes.
Câmbio e Juros – O dólar segue pressionado, em R$ 5,49, com juros futuros em alta devido à percepção de risco local.
Inflação e Selic – O Boletim Focus reduziu a previsão de inflação para 4,95% em 2025. A Selic permanece em 15%, com o Copom reforçando tom contracionista.
Comércio Internacional – As tarifas de Trump (50% sobre produtos brasileiros) seguem impactando setores como café e Embraer, forçando empresas a buscar mercados alternativos na Ásia.
Noticiário Corporativo –
Tecnoglass (TGLS) caiu 8,5% após relatório negativo da Culper Research.
Walmart (WMT) elevou projeções de vendas e lucros, mas alertou sobre custos com tarifas.
Barclays revisou a inflação da zona do euro para 2,1% em 2025.
Criptomoedas no Brasil – O Bitcoin testa suportes também no cenário local, refletindo cautela antes do discurso de Powell, enquanto ações de tecnologia sofrem com valuations esticados.
📌 Conclusão
O mercado global está em modo de espera pela fala de Powell em Jackson Hole, mas o Bitcoin já parece ditar seu próprio ritmo cíclico. Se a história se repetir, o mergulho de agosto/setembro pode preparar terreno para um rali até outubro.
No Brasil, o ambiente de alta Selic, dólar volátil e riscos jurídicos pressiona ativos de risco, enquanto tarifas comerciais dos EUA adicionam mais incerteza ao quadro.



