DIÁRIO CRYPTO – 18 de Novembro de 2025
Bitcoin Perde US$ 90 mil: O Fim do Ciclo ou Apenas o Primeiro Grande Obstáculo?
Visão Geral do Mercado Cripto
O Bitcoin rompeu abaixo dos US$ 90.000 pela primeira vez em sete meses, encerrando o último grande gap da CME e intensificando as dúvidas sobre a continuidade do ciclo de alta. O movimento transformou um sentimento de otimismo confortável em preocupação generalizada: preços, macroeconomia e indicadores de sentimento agora enviam sinais conflitantes em um dos momentos tecnicamente mais críticos do ciclo.
Embora a queda tenha sido motivada pelo fechamento do último CME gap, o impacto foi muito além do técnico. O desempenho anual do BTC entrou em território semelhante aos piores anos da última década, apesar de o ambiente global ter hoje US$ 7 trilhões a mais em liquidez do que na última vez em que o preço esteve neste mesmo patamar.
Do ponto de vista estrutural, o Bitcoin perdeu níveis importantes:
Rompeu para baixo da zona dos US$ 95 mil.
Caiu novamente dentro do range anterior.
Está cerca de 12% abaixo da média móvel simples de 50 semanas.
Historicamente, após perder essa média depois de tê-la rompido para cima, o ativo tende a buscar a média móvel de 200 semanas (US$ 60 mil – US$ 70 mil).
Além disso, o BTC rejeitou novamente a resistência mensal de oito anos que alinhou o topo dos ciclos anteriores — um dos gráficos mais preocupantes apresentados na análise — enquanto diversos modelos de tempo de ciclo sugerem que o topo pode já ter ocorrido, alinhando datas de pico passadas com o movimento desta fase do mercado.
O RSI semanal também perdeu a faixa dos 45 pontos, nível historicamente associado a transições para mercados de baixa ou capitulações profundas, como a de 2020. Ao mesmo tempo, o domínio do USDT rompeu sua tendência de queda, indicando fuga de capital para stablecoins, enquanto a oferta total de stablecoins estagnou — um sinal claro de que nenhum novo dinheiro está entrando no sistema.
No mercado tradicional, o Bitcoin continua a se comportar como um tech stock alavancado: a correlação com o Nasdaq permanece em torno de 0,8, e oscilações fortes do QQQ ampliam ainda mais a sensibilidade do BTC. Com o estresse recente no sistema bancário americano — queda das reservas, spreads abrindo e sinais de “liquidez escassa” — o BTC está sofrendo pressões diárias especialmente durante as sessões dos EUA, que vêm derrubando o preço em cerca de 0,75% por dia desde outubro.
Somando-se a isso, o provável início de um unwind do carry trade do iene está drenando liquidez global: valorização do iene, aumento nos juros dos títulos japoneses e repatriação de capital criam um vento contrário estrutural para ativos de risco — incluindo cripto.
Por que ainda há quem diga que o bull market não acabou?
Apesar de todo o pessimismo:
Nenhum dos 30 indicadores clássicos de topo do CoinGlass foi acionado.
Técnicos renomados descrevem o mercado como “extraordinariamente sobrevendido”.
O sentimento está no pior nível de todo o ciclo.
Métricas on-chain mostram short-term holders sob estresse extremo.
O ambiente lembra muito mais 2019 que 2017, segundo analistas de ciclos, pela ausência completa de euforia típica de topo.
A conclusão desconfortável:
Ambas as narrativas podem ser verdade simultaneamente.
O ciclo estrutural pode continuar vivo, mas se a liquidez seguir apertando e o BTC não reagir rapidamente, o caminho até correções muito mais profundas permanece completamente aberto.
Alts: o impacto direto da dominância de stablecoins e do estresse dos ETFs
A dominância do USDT rompeu uma tendência de baixa, enquanto a oferta agregada de stablecoins estagnou. Isso cria dois efeitos imediatos:
Fuga de risco: traders migram para stablecoins, liquidez desaparece nos books de altcoins.
Vulnerabilidade extrema: qualquer nova perna de baixa no BTC encontra um mercado sem compradores, amplificando quedas de 30%–40% mesmo com movimentos moderados do Bitcoin.
Além disso:
Open interest do BTC voltou ao nível do crash de 10 de outubro, indicando alavancagem acumulada — um cenário perigoso.
ETFs de Ethereum registraram grandes dias de saídas acima de US$ 500 milhões, que historicamente marcam fundos locais para ETH e BTC.
O S&P 500 caiu abaixo da média móvel de 50 dias, enquanto o índice de medo e ganância atingiu 13, o pior nível em sete meses – outro vento contrário.
No curtíssimo prazo, o destino das altcoins depende quase exclusivamente de uma coisa:
se o Bitcoin conseguirá produzir um repique forte nos próximos dias.
Síntese Final
O mercado está em um ponto de verdadeira inflexão:
Lado negativo:
BTC abaixo de US$ 90k.
Resistência de ciclos rejeitada.
Stress bancário nos EUA.
Possível unwind do carry trade do iene.
Stablecoins ganhando dominância.
ETFs devolvendo liquidez.
Lado positivo:
Ausência completa dos sinais clássicos de topo.
Mercado extremamente sobrevendido.
On-chain ainda não sinaliza fim de ciclo.
Longos períodos de correção severa são comuns em bull markets.
A leitura mais provável no momento não é um colapso imediato, mas sim um período de lateralidade prolongada, volátil e dolorosa, no qual apenas poucos ativos performam enquanto a maior parte do mercado permanece presa em ranges destrutivos.
A sobrevivência e proteção de capital são, novamente, as prioridades absolutas.
SEÇÃO BRASIL – 18 de Novembro de 2025
Banco Master entra em liquidação: a maior intervenção bancária desde 2005
O Banco Central decretou a liquidação extrajudicial do Banco Master e a PF prendeu seu controlador, Daniel Vorcaro, em uma operação de grande repercussão nacional. O episódio já é comparado ao colapso do Banco Santos, em 2005.
O FGC pode ter que cobrir entre R$ 40 e R$ 50 bilhões, o maior desembolso de sua história.
A instituição vinha enfrentando graves problemas de liquidez, agravados por sua dependência de CDBs pagando até 140% do CDI, todos cobertos pelo FGC — um padrão de risco que acendeu alertas regulatórios desde o primeiro semestre.
Uma tentativa de venda anunciada na véspera foi rejeitada pelo BC por insuficiência de solvência. Bens de luxo, obras de arte e R$ 1,6 milhão em espécie foram apreendidos.
Paralelamente, governo e BC estudam tributar remessas internacionais via stablecoins, encerrando a isenção de IOF e combatendo arbitragem com o câmbio oficial.
O caso afeta o mercado de forma ampla:
Pressão sobre bancos médios e corretoras
Risco Brasil em alta
Dólar ganhando força após mínimas de 17 meses
Curva de juros abrindo
Copom deve manter tom duro por mais tempo
18/11/2025 entra para a história como o dia em que o risco latente dos bancos médios finalmente se materializou.
SEÇÃO PARAGUAI – 18 de Novembro de 2025
O mercado financeiro paraguaio segue em trajetória de estabilidade e otimismo, impulsionado por crescimento sólido, inflação controlada e forte entrada de investimentos.
Os destaques incluem:
Aliança BID Invest + ueno bank para expansão da inclusão financeira digital.
Reconhecimento internacional ao BCP e participação relevante em eventos regionais e globais.
Crescimento econômico acumulado próximo de 6% no ano, com setores diversificados.
Mercado de capitais aquecido, com emissões históricas e forte demanda internacional.
Expectativa crescente de “investment grade” em 2026, após elevação de outlook pela Fitch.
Com câmbio estável, crédito em expansão e risco soberano em queda, o país se posiciona como um dos ambientes financeiros mais robustos da América do Sul.
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