DIÁRIO CRYPTO — 14 DE NOVEMBRO DE 2025
O DIA EM QUE A BOLHA DE IA TREMEU — E ARRASTOU O BITCOIN JUNTO
Panorama Geral do Mercado
O dia 14 de novembro de 2025 entrou para o radar global como o primeiro grande choque simultâneo entre tecnologia, inteligência artificial e cripto. Enquanto as bolsas americanas abriram em queda livre, o setor de IA — até então visto como o motor mais poderoso da economia — expôs sinais de superaquecimento. O impacto foi imediato: liquidez evaporou, investidores correram para reduzir risco e o mercado cripto sentiu o golpe em cheio.
O S&P 500 fechou com queda de 1,66%, o Nasdaq despencou 2,29% e o índice de volatilidade VIX saltou 14,2%, refletindo um ambiente repentino de medo. Mas o centro do terremoto veio do setor que mais cresceu desde 2023: as big techs de IA.
Empresas como Nvidia, AMD e Palantir caíram de forma acelerada. Somente no mês, ações de computação quântica acumularam perda de 50%, e sinais de um “mini-estouro” no setor começaram a preocupar analistas.
Jeff Bezos descreveu o momento como “uma espécie de bolha industrial”, enquanto Sam Altman alertou que investidores iriam “superinvestir e perder dinheiro”. Um relatório discutido no Yale CEO Summit mostrou que executivos estão preocupados com a distância crescente entre valor de mercado e lucros reais das empresas de IA.
Esses avisos — ignorados por meses — finalmente explodiram no mercado.
Bitcoin Acompanha a Derrocada da IA
Com o setor mais “crowded” do mundo em liquidação, o efeito cascata atingiu o Bitcoin. O BTC rompeu a média móvel de 50 semanas e entrou numa zona historicamente perigosa: quedas médias de –14,5% costumam ocorrer após essa perda estrutural.
Pontos críticos destacados:
$95.930 – nível cuja perda aprofunda o movimento de queda.
$82.045 – primeiro suporte sólido.
Nas últimas 24 horas, 281.149 traders foram liquidados, somando US$ 1,37 bilhão.
Os ETFs ampliaram a pressão negativa:
BTC: –US$ 870 milhões
ETH: –US$ 259 milhões
SOL: +US$ 1,5 milhão (único fluxo líquido positivo)
Enquanto isso, um dos maiores compradores estruturais de Bitcoin, a empresa Strategy (MSTR), reduziu drasticamente as compras. Pior: suas ações passaram a negociar abaixo do valor líquido de seus bitcoins, indicando menor apetite institucional.
O market cap do MSTR está em US$ 62,6 bilhões, enquanto o valor dos bitcoins da empresa soma US$ 64,3 bilhões — um desconto aproximado de 2,6%.
Com varejo ausente, buscas por memecoins e stablecoins em mínimas de ciclo e RSI semanal do BTC no nível mais sobrevendido desde abril, o clima é de puro medo macroeconômico.
O Gráfico Mais Importante de Agora: BTC/DXY
Analistas destacam que perder a estrutura no par Bitcoin/Dólar (DXY) pode colocar o mercado em território totalmente desconhecido.
A correlação entre a derrocada de IA e cripto não é coincidência. Investidores expostos à tecnologia frequentemente têm grande exposição simultânea a ativos digitais — e quando um setor implode, o outro sente.
Privacidade Resiste ao Caos
Em meio ao colapso generalizado, apenas um setor brilhou: moedas de privacidade.
Zcash (ZEC) figura entre os únicos ativos com performance positiva no dia. Starknet (STRK) também mostrou força, sustentando tendência de alta.
Privacidade se tornou o refúgio de um mercado sem direção. Com liquidez escapando de tecnologia e DeFi, o capital rotacionou para narrativas independentes — exatamente o caso desse setor, que já acumula alta anual de quase 240%.
Os Ativos Considerados “Qualidade” pelo Mercado Hoje
Em meio ao pânico, concentra-se o foco em poucos ativos com maior convicção institucional:
Bitcoin (BTC)
Ethereum (ETH)
Solana (SOL)
Hyperliquid (HYPE)
Drift Protocol (DRIFT)
Zcash (ZEC)
O consenso é claro: momentos de medo extremo antecedem campanhas de acumulação — e ciclos de reversão.
Principais Anúncios do Dia
BlackRock’s BUIDL Fund agora é aceito como colateral para operações na Binance.
É um movimento relevante de institucionalização, mesmo num dia dominado pelo medo e pelo ajuste de risco.
Reflexões Finais
A mensagem central deste 14 de novembro é que quando um único setor sustenta todo o mercado — como a IA fez nos últimos dois anos — ele também se torna seu ponto de falha estrutural.
Mais de 75% dos retornos do S&P 500 vieram de ações de IA desde 2023. Era inevitável que um recuo desse porte repercutisse globalmente.
Para quem investe, o recado é direto:
Seu portfólio precisa refletir sua tese, não a tese dos outros.
Tenha três razões para manter cada ativo. Estude. Construa convicção.
O jogo não é acertar sempre — é ser mais certo do que errado no longo prazo.
SEÇÃO BRASIL — 14 DE NOVEMBRO DE 2025
O mercado brasileiro operou sob forte influência externa e revisões internas de cenário. O governo reduziu a projeção de crescimento do PIB para 2025 de 2,3% para 2,2%, e também cortou expectativas de inflação, refletindo menor demanda doméstica e juros elevados.
O dólar passou novamente de R$ 5,30, impulsionado pelo fim do shutdown americano e pela volta dos indicadores dos EUA, aumentando a volatilidade cambial.
O Ibovespa abriu em queda de 0,3%, interrompendo uma sequência histórica de 15 altas consecutivas.
No campo inflacionário, o IGP-10 subiu para 0,18% em novembro, indicando pressão de custos no atacado e no consumo.
Um dado positivo vem do Pix, que se aproxima de 8 bilhões de transações mensais, consolidando seu papel de protagonista da digitalização financeira brasileira.
Haddad aguarda resposta dos EUA sobre a proposta brasileira de tarifas — tema que pode impactar exportadores de commodities, aço e bens industrializados.
No cenário regional, relatórios apontam uma revolução nos mercados de capitais locais na América Latina, e no contexto climático da COP30, o Japão firmou acordo de financiamento verde que pode favorecer o Brasil no médio prazo.
SEÇÃO PARAGUAI — 14 DE NOVEMBRO DE 2025
O Paraguai segue num ciclo de estabilidade e modernização. O Banco Central apresentou o Índice de Confiança do Consumidor de outubro, sinalizando otimismo sustentado por emprego formal e inflação estável.
A grande notícia do dia veio da emissão de 340 mil cédulas MIPYMES em um único dia via Lei 7444/2025 — um salto histórico na formalização econômica de micro e pequenas empresas, que representam 98% do setor produtivo.
Nos depósitos bancários, os Certificados de Depósito de Ahorro (CDA) já representam 45% de todo o volume, crescendo 12% no ano e atraindo poupadores com juros que chegam a mais de 10% ao ano em guaranis.
Parcerias como Sudameris + Impacto fortalecem o ecossistema de serviços financeiros e ampliam crédito acessível. A publicidade digital já responde por 22% dos investimentos no país.
O emprego formal avança com mais de 110 mil novos trabalhadores no sistema, e a inflação permanece controlada. Com expectativa de crescimento de até 3,8% em 2026, o país segue atraindo investidores, inclusive graças à retomada de obras binacionais como a hidrelétrica Aña Cuá.
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