Diário Crypto – 12 de Setembro de 2025
Solana lidera altseason enquanto risco de correção ronda o mercado
Panorama Global de Cripto
O mercado cripto entra nesta sexta-feira com forte otimismo, impulsionado por dados macroeconômicos e expectativas de corte de juros pelo Federal Reserve já na reunião do FOMC marcada para 17 de setembro.
CPI dos EUA: saiu em linha com expectativas, com inflação de 2,9% ao ano (headline) e 3,1% (core). O dado mensal, porém, veio acima do previsto: 0,4% contra 0,3%.
Mercados tradicionais reagiram positivamente: Russell 2000 subiu 1,83%, Dow Jones 1,36%, S&P 500 0,85% e Nasdaq 0,72%.
A leitura predominante é de que o Fed deve reduzir os juros em 0,25 p.p., criando ambiente mais favorável para ativos de risco. Contudo, há preocupação com o efeito “sell the news”, já que a expectativa está totalmente precificada.
Bitcoin e Perspectivas
Tom Lee (Fundstrat) projetou Bitcoin em até US$ 200 mil até o fim do ano, defendendo uma arrancada violenta após o corte de juros.
O consenso de mercado é de movimento altista no médio prazo, mas com chance de correção de curto prazo para “limpar” posições fracas.
Altseason em Curso: Solana no Centro
Altseason Index: atingiu nível acima de 75, sinal de início de uma altseason “plena”. É necessário manter esse patamar por pelo menos uma semana para confirmar a tendência.
Bitcoin Dominance (BTC.D): caiu abaixo de 60%, com suporte agora em 56%, abrindo espaço para a dominância das altcoins.
Solana (SOL): está liderando o fluxo de capital, com forte atividade no ecossistema e expectativa de ETFs nos EUA (Bitwise, 21Shares, Franklin) em datas entre outubro e novembro.
Ondo (ONDO): ganha destaque após anúncio da BlackRock de planos para tokenização de ETFs. O token já opera com exposição a Treasuries tokenizados via OUSG, e pode se beneficiar diretamente da entrada do maior gestor de ativos do mundo no setor.
Eventos e Sentimento de Mercado
TOKEN2049 Singapura: já contabiliza mais de 25 mil participantes, com presença de Eric Trump, Donald Trump Jr., Tom Lee, Vlad Tenev, Paolo Ardoino e Arthur Hayes. O evento reforça a narrativa bullish global.
Risco de volatilidade: com o fim de semana, analistas alertam para manipulações no mercado enquanto Wall Street estiver fechado, possivelmente abrindo gaps na CME até segunda-feira.
Seção Brasil – 12 de Setembro de 2025
O mercado financeiro brasileiro encerra a semana sob forte instabilidade política e geopolítica após a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro pelo STF a 27 anos e 3 meses de prisão.
Impactos Políticos e Diplomáticos
A decisão, apoiada por maioria de 4 a 1, foi celebrada como marco institucional, mas gerou críticas internacionais.
Marco Rubio, secretário de Estado dos EUA, classificou a sentença como perseguição política e sinalizou possíveis retaliações.
O presidente Donald Trump reforçou as críticas, aumentando a tensão diplomática.
O Itamaraty respondeu, defendendo a soberania nacional e rejeitando acusações de abusos.
Repercussão Econômica
Ibovespa: caiu 1,2%, fechando em 140.150 pontos, pressionado por bancos e exportadoras.
Dólar: disparou 2,3%, fechando a R$ 5,562, apesar de intervenção do Banco Central com 40 mil contratos de swap.
CDS de 5 anos: subiu 15 pontos-base, refletindo aumento do risco Brasil.
Boletim Focus: PIB projetado em 2,14% para 2025; IPCA em 5,23%; dólar em R$ 5,60; IED em US$ 65 bilhões.
Setores em Destaque
Petrobras e Vale: sustentam parte do índice, mas sob risco de novas tarifas dos EUA.
Fintechs: movimento pioneiro de adoção de BTC em tesouraria como hedge contra inflação.
Imobiliário: Moura Dubeux acumula alta de 150% no ano.
Agronegócio: BrasilAgro projeta safra recorde de grãos e algodão para 2025/2026.
Perspectivas
O cenário é de pouso suave econômico, mas com alto risco político. Investidores são orientados a manter estratégias defensivas, privilegiando commodities, renda fixa curta e criptoativos como diversificação.
Conclusão
O mercado global vive momento de otimismo, com corte de juros nos EUA à vista e forte rotação para altcoins, lideradas por Solana. Entretanto, cresce o risco de correção técnica no curto prazo. No Brasil, a condenação de Bolsonaro aumenta tensões diplomáticas e pressiona mercados, reforçando a busca por proteção em ativos reais e digitais.
Nota Final
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