Diário Crypto — 10 de outubro de 2025
Ciclo de 4 anos em xeque: liquidez global, ETFs e a possível vez da Solana
Panorama do dia
O debate do dia é direto: o “ciclo de 4 anos” do Bitcoin estaria no fim — ou ele nunca explicou, de fato, os topos anteriores. A tese dominante aponta que os grandes movimentos do BTC foram guiados por regimes de liquidez (EUA e China), não por calendário. Hoje estamos a ~1.064 dias do último fundo, janela que em ciclos passados coincidiu com topo; porém, o contexto atual — ETFs, adoção institucional, mudanças regulatórias — pode alterar a cadência histórica.
Nos três grandes ciclos descritos (Gênese pós-2008, ICOs/Yuan e COVID/estímulos), altas e reversões coincidiram com expansões e contrações de liquidez. O recado dos formuladores de política monetária em Washington e Pequim é de dinheiro mais barato e abundante, o que sustenta a leitura de continuidade do bull market. Em on-chain, o chamado “Terminal Price” permanece citado como referência (atualmente em US$ 262 mil) que, historicamente, foi “perfurada” nos topos anteriores.
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Altcoins e fluxos
BNB mostrou força após cruzar US$ 1.000; tecnicamente, Solana (SOL) espelha a estrutura de BNB e “só faltaria” um rompimento consistente das máximas históricas. Possíveis catalisadores para SOL no 4º tri incluem prazos finais de ETFs, vantagem de staking (desbloqueio mais curto que no ETH), Breakpoint em dezembro, >95% do volume de “tokenized stocks” nos últimos 30 dias, liderança em receita de apps e forte engajamentoem novos “degen tokens”.
Narrativa de IA descentralizada ganha tração com 0G Labs (camada 1 para IA): alegações de 50.000x mais performance, custos até 90% menores, stack completo (armazenamento + computação + execução) e 300+ parcerias (incluindo Alibaba e Optimism), com US$ 325 milhões de funding.
Radar corporativo
Coinbase e Mastercard em conversas avançadas para comprar a BVNK (stablecoin) por US$ 2 bilhões.
Square (Block) lança carteira de Bitcoin para que PMEs aceitem BTC com zero taxa de aceitação.
Nosso veredito
Os dados históricos colocam a hipótese de “fim do ciclo de 4 anos” na mesa, mas liquidez e institucionalizaçãosugerem fôlego para o 4º trimestre. Tática: não lutar contra a liquidez, monitorar Fed/China, prazos de ETFs e sinais on-chain, mantendo disciplina de risco.
Seção Brasil
Visão Geral do Mercado Financeiro Brasileiro em 10 de Outubro de 2025
Nesta sexta-feira, 10 de outubro de 2025, o mercado opera com volatilidade moderada. O Ibovespa abriu em alta (commodities, Vale) e virou para leve queda ao meio-dia (pressão em Petrobras e incerteza fiscal). O dólar comercialinverteu a baixa e avançava ~0,68%, refletindo cautela com as contas públicas e aguardando falas de autoridades. No exterior, o cessar-fogo entre Israel e Hamas derrubou o petróleo e aliviou termos de troca; o dólar global recuava 0,08%.
Ao redor do meio-dia (aprox. 11h):
Principais notícias do dia
Novo modelo de crédito imobiliário: anúncio às 10h (Lula, Haddad, Galípolo) com revisão do MCMV, limite de renda até R$ 9.600 e reformas até R$ 30 mil a 1,95% a.m. Transição em 2025 e vigência plena em 2026. Beneficia construtoras; custo fiscal estimado R$ 5–7 bi/ano.
Derrota na MP do IOF: MP 1.303/2025 engavetada; DIs recuam e LFTs aliviam. Governo mira R$ 10 bi com mudanças em compensações; PEC dos ACS pode custar R$ 24,7 bi/10 anos.
IPCA de setembro: +0,48% (abaixo do esperado), com alimentos -0,3% e serviços desacelerando. Projeções para 4,3% em 2025. BC sinaliza vigilância; Selic >15% apenas em cenários extremos.
Gaza e commodities: Brent -2,1%; alívio para importadores. Café -18% nas exportações de setembro (tarifas EUA); aço em foco (China) e crítica de Jorge Gerdau por reação “tímida”.
BC e Fed: BC rola 40 mil swaps (venc. nov.), oferecendo hedge (~R$ 20 bi). Nos EUA, discussões em torno do Fed pressionam yields para baixo, favorecendo emergentes. BB sob apuração no Cade; NTN-B em observação.
Análise profunda
Fiscal: derrota da MP do IOF diminui probabilidade de alta de tributos e reduz prêmio de risco, mas aperta espaço fiscal (0,5% do PIB). Sem reformas, BRL pode testar R$ 5,60 até o fim do ano.
Inflação & juros: IPCA benigno reforça alívio gradual; projeção de corte de 0,25 p.p. no 1º tri/2026 se IPCA <4,2%.
Bolsa & setores: commodities mistas (Vale +, Petrobras -). Imobiliário ganha tração com novo modelo (potencial +15% no subíndice até 2026).
Câmbio & externo: dólar em R$ 5,40 com teto técnico; cessar-fogo derruba petróleo; ruídos comerciais EUA-Brasil pesam.
Outlook: semana de dados (payroll EUA) e Copom em novembro. Overweight em LFTs e small caps de construção; underweight em Petrobras.
Seção Paraguai
Visão Geral do Mercado Financeiro Paraguaio em 10 de Outubro de 2025
Tom positivamente construtivo: crescimento robusto no 1º semestre (5,9% a.a.), ancorado em agro, hidrelétricas e disciplina fiscal. Persistem desafios (dependência de commodities, clima, mercado de capitais raso), mas os fundamentos seguem sólidos: inflação 4,3%, reservas US$ 8,605 bi, câmbio ~7.017 PYG/USD.
Principais notícias de hoje e da semana
Adesão à OCDE (10/out): início formal do processo anunciado pelo presidente Santiago Peña no fórum OCDE/BID em Assunção — gatilho para reformas pró-competitividade e potencial queda dos spreads soberanos.
Infraestrutura em Pilar (10/out): Defesa Costeira – Fase C (US$ 38 mi) e Rodovia Pilar–Humaitá–Paso de Patria (~US$ 60 mi); pacote supera US$ 160 mi, integrando logística e resiliência climática.
Wärtsilä (Finlândia): visita exploratória para projetos de geração flexível; diversificação além da matriz 100% hidrelétrica (Itaipu/Yacyretá).
Outras (6–9/out): Fitch eleva outlook para positiva (BB+); BCP avança em Supervisão Baseada em Riscos; EPF 2025-2026 atualiza cesta do IPC.
Indicadores (out/2025)
PIB anual: 5,9% (jun/25)
Inflação: 4,3% (set/25)
Juros (TPM): 6% (set/25)
Desemprego: 4,9% (jun/25)
Reservas: US$ 8,605 bi (set/25)
Câmbio: ~7.017 PYG/USD (out/25)
Dívida/PIB: 45,2% (dez/24, proj.)
Déficit/PIB: -2,1% (dez/24, proj.)
Saldo comercial: -US$ 444 mi (ago/25)
PIB nominal: US$ 44,46 bi (2024; 2025 proj. +4,25%)
Análise profunda
Drivers positivos: OCDE como catalisador institucional; PPPs (Pilar) e possíveis financiamentos “verdes”; estabilidade cambial apoiada por reservas; modernização regulatória e volumes recordes na BVPASA no 1º semestre.
Riscos: concentração em soja/carne; choques climáticos; profundidade limitada do mercado de capitais; agenda de reformas exigente.
Tática: preferência por bonds soberanos (BB+ com outlook positiva), utilities e agro; acompanhar PPPs no sul e oportunidades em energia (incl. Wärtsilä).
Contexto (06/out/2025): TPM a 6%, crédito +2,5% a/a, taxas em queda, liquidez bancária 22,3%; dívida pública US$ 19,732 bi (~41,9% do PIB); ingresos +9,9%; déficit primário -0,4% do PIB; BVA com foco em emissões imobiliárias; alerta do BCP sobre apps de crédito; exportações de carne +29,3%(jan–ago), puxadas por EUA/Israel/Taiwan.
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