Diário Crypto - 09/10/25
Bitcoin pode atingir US$ 664 mil com a “onda do ouro”?
Título: Bitcoin pode atingir US$ 664 mil com a “onda do ouro”?
Panorama Global
O mercado de criptomoedas abriu o dia em tom de otimismo, impulsionado pela tese de “debasement trade” — movimento em que investidores buscam ativos escassos como ouro e Bitcoin para se proteger da desvalorização das moedas fiduciárias. A recente previsão da gestora VanEck, que projeta o Bitcoin (BTC) chegando a US$ 664 mil, reacendeu o debate sobre a força do ativo digital como reserva de valor em meio à perda de confiança no dólar.
O contexto é claro: com o índice do dólar (DXY) em seu nível mais baixo desde 2022 e o ouro em alta histórica, o capital está migrando para ativos tangíveis. A desvalorização de moedas como o iene japonês reforça esse movimento, enquanto investidores buscam alternativas que mantenham o poder de compra.
Segundo análise da VanEck, se apenas metade da capitalização global do ouro (US$ 13,9 tri) fosse considerada “ouro monetário”, e essa proporção fosse aplicada ao Bitcoin, o preço teórico alcançaria US$ 664 mil por unidade. A estimativa também se apoia em um dado relevante: 73% dos investidores entre 24 e 45 anos preferem Bitcoin a ouro como reserva de longo prazo.
Além disso, o Bitcoin-to-Gold Ratio vem reagindo historicamente a toques de suporte em outubro — um padrão que, se repetido, pode indicar uma nova fase de valorização do BTC, acompanhando a escalada do ouro e da prata.
A correlação ouro–prata–Bitcoin
O relatório destaca que o fluxo de capital tende a “descer na curva de risco”: primeiro o ouro sobe, depois a prata, e por fim o Bitcoin. Historicamente, quando a prata supera ganhos de 25%, o Bitcoin costuma reagir nos meses seguintes com alta ainda maior. Com a prata já acumulando ganhos expressivos desde abril e superando o ouro em performance, há sinais de que o mercado está migrando de uma postura defensiva para uma de busca por crescimento.
O estudo lembra ainda que o Bitcoin vive seu segundo melhor outubro da história, com redução das vendas de grandes baleias, entrada recorde de capital institucional e indicadores técnicos (como o Stochastic RSI) semelhantes aos de grandes ralis anteriores.
Seção Brasil
O mercado financeiro brasileiro apresentou movimentos moderados nas últimas 24 horas, com destaque para a recuperação do Ibovespa, que subiu 0,40% (142.712 pontos) após a rejeição da MP 1303, que previa aumento de impostos sobre investimentos e criptoativos. A decisão foi vista como uma vitória pelo setor privado e aliviou parte das pressões fiscais.
No câmbio, o dólar registrou leve alta, negociado a R$ 5,35, em meio a declarações do ministro Fernando Haddad sobre ajustes no orçamento e incertezas fiscais. A inflação voltou a preocupar, com o IPCA de setembro em +0,48%, o que reforça apostas na manutenção da Selic.
Entre as ações, Petrobras manteve estabilidade (US$ 12,20 nos ADRs) e Vale recuou levemente, refletindo menor demanda asiática. A criação de um produto de criptomoedas pela Caixa Econômica Federal, indexado ao Bitcoin, chamou atenção no mercado e foi vista como passo importante para a popularização dos criptoativos no sistema financeiro nacional.
O sentimento dos investidores permanece dividido: enquanto alguns celebram o recuo da agenda tributária, outros criticam o Congresso por “favorecer o mercado financeiro”. O consenso, porém, é de cautela diante da inflação persistente e da necessidade de reformas estruturais.
Seção Paraguai
O mercado paraguaio segue estável e resiliente, com crescimento do PIB projetado em 4,4% para 2025, inflação controlada entre 3,6% e 4% e reservas internacionais superiores a US$ 10 bilhões. O Banco Central do Paraguai (BCP) mantém a taxa básica em 6%, sinalizando confiança na convergência da inflação.
Na Bolsa de Valores de Asunción (BVA), o volume diário ficou entre US$ 15 e 20 milhões, concentrado em títulos públicos, sem volatilidade relevante. O guaraní manteve cotação estável (≈ 6.998 PYG/USD), refletindo equilíbrio entre exportações e remessas.
Setores-chave, como agronegócio e energia hidrelétrica, continuam sustentando o superávit comercial. O plano “Paraguai 2X” busca dobrar o PIB em dez anos, com base em reformas liberais e atração de investimentos estrangeiros. O país se consolida como um dos mais previsíveis da região, oferecendo ambiente favorável a investidores que buscam estabilidade e liberdade fiscal.
Considerações Finais
Com a economia global voltando-se a ativos escassos e tangíveis, o Bitcoin se posiciona como herdeiro natural da função do ouro. A previsão de US$ 664 mil pode parecer audaciosa, mas reflete a tendência de longo prazo de fuga de capitais das moedas inflacionadas para ativos com oferta limitada.
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