Diário Crypto – 02 de Setembro de 2025
Setembro Vermelho? Bitcoin Ruma ao Fundo Enquanto o Brasil Enfrenta Turbulências Econômicas e Políticas
🌍 Cripto em Foco
O mercado segue atento ao desempenho do Bitcoin (BTC) e do Ethereum (ETH) neste início de setembro — historicamente, o mês mais desafiador para cripto e ações.
📉 Bitcoin: análises apontam que a criptomoeda tende a testar as bull market support bands. Se o padrão se repetir, o fundo pode estar próximo de US$ 96.000, com forte chance de recuperação após a reunião do FOMC em 17 de setembro, quando há alta probabilidade de corte de juros nos EUA. Estatísticas indicam que o BTC costuma definir o fundo ou topo do mês nos primeiros 12 dias, reforçando a expectativa de um piso em breve.
📉 Ethereum: já testa suas bandas de suporte de alta em torno de US$ 3.300, em linha com a tendência negativa de setembro.
📊 Contexto histórico: em anos pós-halving, setembro é quase sempre o pior mês para o BTC, pois fundos e grandes instituições retornam do verão, reequilibram carteiras, vendem ativos de baixo desempenho e realizam lucros. O mesmo vale para ações: quando o S&P 500 sobe mais de 1% em agosto (como em 2025), setembro nunca fechou positivo.
🪙 Altcoins no Radar
As altcoins atingiram níveis de sobrevenda históricos em relação ao ETH. Esse patamar, segundo análises, costuma marcar o início de uma fase de maior valorização das alternativas ao Bitcoin.
Destaque para o World Liberty Financial (WLFI):
Lançado ontem nas redes Ethereum, BSC e Solana, o token caiu cerca de 40% após a estreia, chegando a US$ 0,20.
Esse preço é visto como suporte-chave, pois a ALT5 adquiriu aproximadamente US$ 750 milhões em WLFI nesse nível como parte de uma operação de US$ 1,5 bilhão, que também garantiu à empresa cerca de 7,78% da oferta de tokens e assentos no conselho do projeto.
Há ainda proposta para utilizar receitas do protocolo em recompras de WLFI, reforçando a defesa da faixa dos US$ 0,20.
Ligações políticas — incluindo associações ao entorno de Trump — podem sustentar o interesse no ativo.
⚠️ Risco Geopolítico e Macroeconômico
Rumores sobre a saúde do presidente Donald Trump chegaram a circular após imagens dele mancando, mas a Casa Branca confirmou que ele fará um pronunciamento às 14h (EST) de hoje. Analistas alertam: qualquer evento inesperado envolvendo o presidente dos EUA poderia gerar um black swan event com colapso instantâneo dos mercados.
🇧🇷 Seção Brasil – PIB, Julgamento e Pressão no Mercado
O mercado financeiro brasileiro atravessa um dia de forte volatilidade:
PIB do 2º trimestre: crescimento de 0,4%, acima das projeções, mas bem abaixo do 1,4% do trimestre anterior. Sinal claro de desaceleração econômica.
Ibovespa: opera em queda, pressionado pelos dados do PIB e pela instabilidade política.
Dólar: avança e se aproxima de R$ 5,50, refletindo fuga de risco.
Geopolítica
O Brasil notificou formalmente os EUA sobre medidas de retaliação após as tarifas de 50% impostas por Trump. A Camex tem 30 dias para avaliar contramedidas com base na Lei da Reciprocidade Econômica. O risco de guerra comercial preocupa setores exportadores, especialmente commodities.
Política
O julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no STF por tentativa de golpe adiciona incerteza ao cenário. O processo deve durar até 12 de setembro e pode provocar instabilidade política, protestos e fuga de capitais.
Setor Financeiro
O Banco do Brasil enfrenta especulações sobre possíveis sanções dos EUA por manter operações com a Rússia. Embora o banco afirme seguir a legislação, o risco de multas bilionárias preocupa o mercado. O governo acionou a Polícia Federal para investigar a origem de notícias falsas sobre a instituição.
📈 Cenários projetados:
Base (40%): Ibovespa entre 138k–142k, dólar R$ 5,40–5,60.
Risco (35%): Ibovespa 135k–138k, dólar acima de R$ 5,60, com sanções e condenação de Bolsonaro.
Otimista (25%): resolução diplomática com EUA e estabilização política, levando o Ibovespa de volta a 143k e dólar abaixo de R$ 5,40.
🎯 Conclusão
O início de setembro reforça seu histórico de turbulências. O Bitcoin pode buscar fundo em torno de US$ 96 mil antes de um repique, enquanto o Brasil enfrenta o tripé de PIB fraco, risco político e tensão geopolítica. Investidores devem manter cautela redobrada nas próximas semanas.
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