CEO da VanEck alerta para risco quântico ao Bitcoin, mas afirma: “Ainda é um bom investimento
Jan van Eck diz que BTC pode enfrentar desafios de criptografia no futuro, enquanto maximalistas buscam mais privacidade em projetos como Zcash; mercado já precifica ciclo de baixa de 2026
O avanço da computação quântica pode representar um risco futuro para a segurança e a privacidade do Bitcoin, segundo Jan van Eck, CEO da gestora VanEck — uma das maiores administradoras de fundos cripto do mundo.
Em entrevista à CNBC, van Eck afirmou que a própria comunidade do Bitcoin tem discutido se a criptografia atual será suficiente diante da evolução dos computadores quânticos:
“A comunidade Bitcoin vem se perguntando: há criptografia suficiente no protocolo? A computação quântica está chegando.”
Ele destacou que a VanEck acredita no BTC, mas não hesitaria em abandonar a tese caso a segurança fundamental fosse comprometida:
“Estávamos aqui antes do Bitcoin existir — e sairemos dele se acharmos que a tese que o sustenta foi quebrada.”
A gestora administra um dos ETFs de Bitcoin à vista com maior tração nos EUA, que já atraiu mais de US$ 1,2 bilhão desde o lançamento em 2024.
Maximalistas de Bitcoin buscam privacidade no Zcash
Segundo van Eck, muitos “OGs” e maximalistas do Bitcoin têm olhado para Zcash (ZEC) como alternativa para transações com maior privacidade.
O token valorizou mais de 1.300% nos últimos três meses, impulsionado pelo aumento da demanda por tecnologias de anonimato.
Apesar dos temores, especialistas como Adam Back — referência histórica no ecossistema — afirmam que o Bitcoin não deve enfrentar risco quântico real pelos próximos 20 a 40 anos.
Mercado já precifica o próximo ano negativo do ciclo
Van Eck reforçou que o famoso ciclo de quatro anos do Bitcoin está sendo antecipado pelos investidores. Historicamente, cada ciclo inclui um ano de forte queda:
“Todo ciclo tem um ano grande e negativo. Em 2026 isso deve ocorrer — e o mercado já está se posicionando.”
A recomendação dele é clara:
comprar na baixa com DCA (dollar-cost averaging) em vez de perseguir topos de mercado.
O BTC já caiu mais de 30% desde seu topo histórico no início de outubro, chegando a tocar US$ 82 mil antes de recuperar parte das perdas na segunda-feira.
Fonte: CNBC; VanEck; Cointelegraph; Adam Back.
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