Carteiras ligadas ao token Libra continuam drenando milhões e comprando Solana mesmo após congelamentos e investigação por fraude
Endossado por Javier Milei e acusado de golpe bilionário, o projeto volta ao radar ao converter liquidez em SOL durante forte correção de mercado
O escândalo envolvendo o token Libra (LIBRA) ganhou novos capítulos nesta semana. Mesmo após investigações internacionais, congelamentos de fundos e denúncias de fraude, carteiras associadas ao projeto continuam movimentando quantias expressivas e rotacionando capital para outras criptomoedas.
De acordo com dados da plataforma Onchain Lens, carteiras ligadas à equipe do Libra retiraram quase US$ 4 milhões da liquidez do token e usaram parte dos recursos para comprar US$ 61,5 milhões em Solana (SOL), aproveitando a queda recente do ativo.
As compras ocorreram a um preço médio de US$ 135, por meio de dois endereços identificados pela Nansen:
“Defcy” (Libra Deployer)
“61yKS” (Libra Wallet)
Carteiras acumulavam dezenas de milhões em USDC antes das compras
Antes de despejar a liquidez do token e iniciar as compras de Solana:
a carteira Defcy mantinha US$ 13 milhões em USDC;
a carteira 61yKS possuía US$ 44 milhões em USDC.
Ambos os endereços já haviam sido apontados como participantes do colapso do Libra, que gerou saída de US$ 107 milhões em liquidez e evaporou quase US$ 4 bilhões em valor de mercado em poucas horas.
Pedidos de prisão e disputa internacional
O colapso levou o advogado argentino Gregorio Dalbon a solicitar um Red Notice da Interpol contra Hayden Davis, criador do Libra, alegando risco de fuga e “acesso a valores suficientes para deixar o país”.
Davis também é co-criador de outros memecoins controversos:
Official Melania Meme (MELANIA)
Wolf (WOLF), inspirado em O Lobo de Wall Street
No caso do WOLF, mais de 80% do supply estava nas mãos de insiders, o que levou o token a cair 99% em dois dias — um padrão recorrente em esquemas pump-and-dump.
Congelamentos judiciais vão e voltam — e as carteiras seguem ativas
Em maio, a juíza Jennifer Rochon, nos EUA, ordenou o congelamento de US$ 57,6 milhões em USDC pertencentes aos envolvidos no caso, incluindo a firma Kelsier Ventures e os irmãos Davis.
Entretanto, em 21 de agosto, os fundos foram descongelados, sob argumento de que ainda havia recursos suficientes para compensar as vítimas — decisão que gerou grande controvérsia entre analistas e reguladores.
Agora, as movimentações recentes mostram que as carteiras seguem drenando liquidez e migrando para altcoins durante a correção atual.
De memecoins fraudulentos para “oportunidades de mercado”?
Os dados on-chain indicam que os insiders por trás do Libra parecem estar mudando de estratégia: em vez de lançar novos memecoins com grande concentração interna de tokens — padrão que levou a diversos colapsos —, agora buscam exposição agressiva a altcoins de alta liquidez, como a Solana.
Especialistas alertam, porém, que:
tais carteiras continuam sob investigação;
novas ordens de congelamento podem surgir;
grandes movimentos de capital por insiders podem antecipar novos golpes.
Mesmo assim, o caso escancara novamente a necessidade de cautela com projetos que surgem com forte marketing político, promessas irreais ou concentração extrema de tokens.
Fontes
Nansen – Dados on-chain (18/11/2025)
Onchain Lens
Cointelegraph – Reportagem completa
Registros judiciais dos EUA
🎓 Quer entender como proteger seu patrimônio e usar o Bitcoin de forma soberana?
Aproveite a Black Friday do curso Soberania Cripto, criado por André Costa, e aprenda tudo sobre blockchain, autocustódia, dolarização e liberdade financeira. 💰
Somente neste mês, por R$ 99. 👉 Acesse oandrecosta.com.br e garanta sua vaga antes que acabe.
📚 Quer entender como proteger seu patrimônio e aproveitar as oportunidades em tempos de incerteza?
👉 Participe da aula especial sobre o Paraguai, no dia 27 de novembro:
🔗 www.oandrecosta.com.br/paraguai



