Brasil enfrenta novo ataque hacker que usa WhatsApp para roubar criptomoedas e dados bancários
Golpe combina worm que sequestra contas e trojan bancário capaz de acessar exchanges, bancos e carteiras cripto
Um alerta importante foi emitido aos usuários brasileiros de criptomoedas: uma operação hacker sofisticada está se espalhando pelo país por meio de mensagens no WhatsApp, utilizando um worm sequestrador de contas e um trojan bancário desenhado para roubar dados financeiros e acessar exchanges de cripto.
O aviso foi publicado pela equipe SpiderLabs, do grupo de cibersegurança Trustwave, que identificou o malware “Eternidade Stealer” como a principal ameaça em circulação. A estratégia criminosa se apoia em engenharia social — com links maliciosos enviados em mensagens que simulam programas governamentais, entregas, avisos urgentes, grupos de investimento e até contatos pessoais.
Segundo os pesquisadores Nathaniel Morales, John Basmayor e Nikita Kazymirskyi:
“O WhatsApp continua sendo um dos canais mais explorados no ecossistema do cibercrime no Brasil. Criminosos aperfeiçoaram sua abordagem e usam a popularidade da plataforma para espalhar trojans bancários e ladrões de informação.”
Como o golpe funciona
Ao clicar no link malicioso, duas infecções acontecem simultaneamente:
🔸 1. O worm sequestrador de contas
Acessa sua lista de contatos.
Ignora grupos e contas comerciais para atingir apenas pessoas físicas (mais propensas a clicar).
Usa a própria conta da vítima para se espalhar, enviando automaticamente novas mensagens com o link malicioso.
🔸 2. O trojan bancário (“Eternidade Stealer”)
É instalado em segundo plano, sem que o usuário perceba.
Vasculha o dispositivo em busca de:
dados bancários,
logins de fintechs,
credenciais de exchanges,
carteiras cripto.
Ele consegue, inclusive, monitorar e roubar informações de bancos e serviços financeiros brasileiros amplamente utilizados.
Engenharia avançada para evitar detecção
Os analistas descobriram que o trojan não depende de um servidor fixo — uma tática comum que facilita rastreamento. Em vez disso, ele usa uma conta de Gmail pré-configurada para receber comandos dos hackers.
Isso permite:
atualizar as instruções do malware apenas enviando novos e-mails,
evitar derrubadas de servidores,
manter persistência mesmo após tentativas de bloqueio.
Caso a conta de e-mail esteja indisponível, o vírus usa um servidor alternativo pré-programado.
Brasil é alvo prioritário
Com base em dados da Chainalysis, o Brasil é:
o maior mercado de cripto da América Latina,
e o 5º do mundo no Índice Global de Adoção Cripto de 2025.
Essa popularidade — aliada ao uso massivo de WhatsApp — cria o ambiente perfeito para criminosos especializados.
Como se proteger: orientações essenciais
🔹 Desconfie de qualquer link, mesmo enviado por alguém conhecido.
Se receber algo estranho, confirme em outro aplicativo antes de clicar.
🔹 Tenha cuidado com mensagens urgentes, promoções, entregas inesperadas ou “programas do governo”.
🔹 Mantenha seu celular e apps atualizados.
Atualizações fecham brechas exploradas por hackers.
🔹 Use antivírus confiável, que pode detectar comportamentos suspeitos.
🔹 Se você já clicou no link:
Entre imediatamente nos seus aplicativos financeiros e congele transações.
Altere todas as senhas.
Notifique sua exchange ou banco.
Monitore e rastreie movimentações suspeitas.
Quanto mais rápido agir, maior a chance de recuperar ou bloquear os valores.
Fonte: Relatório SpiderLabs (Trustwave); Chainalysis Global Crypto Adoption Index 2025.
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