Bitcoin sofre queda de 8,4% e reacende debate sobre volatilidade do mercado cripto
Nova correção acontece em meio a um cenário de forte realização de lucros e pressões macroeconômicas globais.
O Bitcoin — maior criptomoeda do mundo em valor de mercado — registrou nesta quinta-feira (10) uma correção expressiva de 8,4%, negociando-se a cerca de US$ 104.782, segundo dados da Reuters. O movimento coloca o ativo novamente sob os holofotes, reacendendo discussões sobre volatilidade, ciclo de mercado e comportamento institucional no atual bull market.
Pressão de lucros e macro global
Analistas apontam que a queda foi impulsionada por uma combinação de fatores. De um lado, investidores institucionais aproveitaram o último rali, que levou o Bitcoin a novas máximas acima de US$ 114 mil, para realizar lucros em grande escala. De outro, a perspectiva de políticas monetárias mais restritivas por parte dos bancos centrais e dados econômicos mistos dos Estados Unidos adicionaram pressão vendedora ao mercado.
“É um movimento clássico de respiro dentro de ciclos de alta. O mercado já acumulava mais de 40% de valorização nos últimos dois meses e qualquer sinal macroeconômico negativo acaba servindo de gatilho para correções mais bruscas”, explica um estrategista de criptoativos ouvido pela reportagem.
Correções fazem parte da trajetória do Bitcoin
Apesar da magnitude da queda, especialistas lembram que correções entre 8% e 15% são comuns mesmo em ciclos de alta, especialmente em ativos de alta volatilidade como o Bitcoin. Ao longo de sua história, a criptomoeda passou por quedas muito mais severas — em 2013, por exemplo, chegou a despencar mais de 86% após o colapso da exchange Mt. Gox.
No ciclo atual, que já levou o ativo a superar a marca simbólica de US$ 125 mil, analistas acreditam que o movimento recente pode representar uma oportunidade de entrada para investidores que aguardavam por um ponto de preço mais atrativo. “Correções são naturais e até saudáveis, pois retiram o excesso de alavancagem do sistema e fortalecem a estrutura de preços para novas altas”, afirma outro analista do setor.
Perspectivas seguem otimistas
Mesmo após a queda, a narrativa de longo prazo em torno do Bitcoin permanece positiva. O aumento da adoção institucional, os fluxos crescentes para ETFs de criptoativos e a expectativa de um novo ciclo de valorização após o último halving continuam a sustentar o sentimento otimista do mercado.
Para investidores experientes, a volatilidade não é um obstáculo, mas parte do DNA do ativo digital. “O Bitcoin nunca foi um investimento para os impacientes. Cada correção prepara o terreno para a próxima perna de alta”, conclui o especialista.
💡 Quer aprender a usar o Bitcoin para proteger seu patrimônio e conquistar liberdade financeira?
Conheça o curso Soberania Cripto em www.oandrecosta.com.br.




