Americanos estão menos interessados em comprar cripto, aponta estudo
Aversão ao risco cresce entre jovens e novos investidores; percepção de que “cripto é arriscado” sobe para 66%
O interesse dos investidores americanos em adquirir criptomoedas caiu de forma significativa nos últimos anos, segundo um novo relatório da FINRA (Financial Industry Regulatory Authority) divulgado nesta quinta-feira. Embora a porcentagem de pessoas que já investem em cripto tenha se mantido estável — 27% entre 2021 e 2024 — o número de potenciais compradores diminuiu.
De acordo com o estudo, apenas 26% dos entrevistados consideram comprar cripto em 2024, ante 33% em 2021. A queda acontece em meio ao aumento da aversão ao risco no ambiente macroeconômico, impactado por incertezas sobre taxas de juros, inflação e estabilidade econômica.
Jovens recuam no apetite por risco
A pesquisa mostra que o percentual de investidores com alto apetite de risco caiu de 12% para 8% entre 2021 e 2024. Entre pessoas com menos de 35 anos — tradicionalmente mais abertas a ativos voláteis — o recuo foi ainda maior: de 24% para 15%.
Mesmo assim, um terço dos investidores afirma que é necessário correr grandes riscos para alcançar metas financeiras, proporção que sobe para 50% entre jovens de até 35 anos.
Cripto é visto como arriscado — mas segue relevante
A percepção de risco associada às criptomoedas também aumentou:
66% dos entrevistados afirmam que cripto é um investimento arriscado,
contra 58% em 2021.
Apesar disso, o mercado continua atraindo perfis que buscam retornos agressivos:
13% dos investidores, incluindo quase um terço dos menores de 25 anos, relatam ter comprado meme stocks e ativos virais.
Entrada de novos investidores desacelera nos EUA
O estudo revela ainda que a chegada de novos investidores ao mercado financeiro esfriou fortemente após o fim da pandemia.
Em 2021, 21% dos investidores tinham começado a investir nos dois anos anteriores.
Em 2024, esse número caiu para 8%.
Segundo a FINRA, a onda de jovens investidores que entrou nos mercados durante a pandemia perdeu fôlego, retornando a níveis parecidos com os de 2018.
A agência conclui que os dados refletem uma “tendência modesta, porém clara, em direção a maior cautela” por parte do investidor americano médio.
Fonte: FINRA, Cointelegraph.
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