“A evolução do Bitcoin é não sacar do banco”, diz executivo do Itaú. Nós discordamos – e explicamos por quê.
Durante o Web Summit Rio 2025, Guto Antunes, responsável pela área de ativos digitais do Itaú, afirmou que a impossibilidade de sacar Bitcoin representa uma “evolução”. Sim, você leu certo: para um dos maiores bancos do país, o avanço está em impedir que você tenha posse real do seu próprio dinheiro.
Essa declaração não é apenas equivocada — é reveladora. Ela mostra o que realmente está em jogo: a sobrevivência de um sistema que sabe que está morrendo.
Bitcoin nasceu como uma resposta direta à falência moral e econômica dos bancos centrais e instituições financeiras. O próprio bloco gênese da rede traz um recado:
“The Times 03/Jan/2009 – Chancellor on brink of second bailout for banks.”
Era um protesto. Um manifesto por liberdade.
E agora, os mesmos bancos que afundaram o sistema querem nos convencer de que manter o Bitcoin preso dentro deles é uma “evolução”?
Não. Isso é um último suspiro.
O sistema bancário tradicional está lutando para sobreviver em um mundo onde as pessoas finalmente têm a opção de dizer não. Não às taxas abusivas. Não à custódia forçada. Não à vigilância financeira. E acima de tudo, não à obediência cega a intermediários.
Ao tentar enquadrar o Bitcoin em uma estrutura bancária convencional — onde você não pode sacar, nem enviar, nem custodiar por conta própria — o que eles querem é transformar o Bitcoin em um Real digital disfarçado, domado, rastreável e censurável.
É o canto do cisne de um modelo que perdeu o controle.
Se você não tem as chaves, você não tem os bitcoins.
Ponto final.
Eles dizem que é por segurança. Nós sabemos que é por medo.
Autocustódia não é um detalhe técnico — é o próprio coração da revolução que o Bitcoin representa. É o que separa liberdade de dependência. Soberania de servidão.
A verdadeira evolução é tirar seu dinheiro das mãos dos que lucram com sua ignorância, e colocá-lo sob sua própria responsabilidade.



